O cabeça de lista à Câmara de Leiria da coligação “Leiria pode Mais”, que integra CDS-PP e Partido da Terra (MPT), afirmou esta segunda-feira que se candidata para governar o município que os centristas já lideraram na década de 1980.

“Eu quero devolver aos leirienses uma voz da oposição, se for esse o papel que nos decidirem entregar, porque as oposições muitas vezes são tão ou mais importantes do que as maiorias. Caso contrário, estamos cá para governar a Câmara”, disse à agência Lusa Fábio Seguro Joaquim.

O CDS-PP conquistou o município de Leiria nas eleições de 1982 e 1985. O último vereador centrista na Câmara foi eleito nas autárquicas de 2009.

“Obviamente que se conseguirmos ter várias vereações, seria fantástico. Nós estamos aqui é para trabalhar pelos leirienses. E eu, no meu caso muito específico, candidato-me para poder ter um trabalho executivo na Câmara Municipal”, declarou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A comitiva da coligação “Leiria pode Mais” esteve esta segunda-feira de manhã em contactos com comerciantes na cidade de Leiria.

De um comerciante, o centrista ouviu que o negócio está “parado, paradinho”, que a pandemia “não serve de desculpas para tudo” e que os políticos devem seguir as boas ideias de outros.

Fábio Seguro Joaquim, membro da Assembleia Municipal nos últimos oito anos, anuiu: “Já aprovei propostas de todos os partidos. O que é importante é Leiria, não de onde vem a ideia”.

Já uma empregada de balcão afirmou que o que gostava mesmo era de uma “melhor rede de transportes no concelho”.

O cabeça de lista acrescentou que os comerciantes lhe têm manifestado “preocupação com a tributação em termos municipais”, referindo-se à “participação da Câmara Municipal no IRS das pessoas e, principalmente, também na Derrama das empresas”.

“E existe claramente vincado que uma Câmara Municipal com 96 milhões de euros de orçamento anual certamente poderá devolver parte desse dinheiro aos seus munícipes”, defendeu.

Fábio Seguro Joaquim notou ainda que é abordado por “questões relacionadas com a estética”.

“Falta um trabalho de fundo, falta um trabalho que seja verdadeiramente compacto daquilo que são as 18 freguesias (…) ou, pelo menos, que seja uniforme em todo o município, que exista uma linha condutora e julgamos que é isso que está em falta”, frisou.

Segundo o cabeça de lista, também presidente da concelhia de Leiria do CDS-PP, “existem pequenas obras que são realizadas, um pouco aqui, outras acolá, mas não é verdadeiramente um trabalho de fundo”, que admitiu ser o resultado da “rutura do próprio presidente de Câmara que saiu” e o atual está “em substituição nos últimos dois anos”.

Depois do partido Aliança, a coligação CDS-PP/MPT recebeu o apoio do Partido Democrático Republicano.

São também candidatos à Câmara de Leiria o socialista Gonçalo Lopes (que sucedeu em agosto de 2019 a Raul Castro), Álvaro Madureira (PSD), Luís Paulo Fernandes (Chega), Marcos Ramos (Iniciativa Liberal), Pedro Machado (PAN), Luís Miguel Silva (BE), Sérgio Silva (CDU) e Filipe Honório (Livre).