Pouco mais de 18 mil militantes do PSD, cerca de 22% do total, estão em condições de votar nas eleições diretas de 4 de dezembro, mas o prazo de pagamento de quotas só termina em 17 de novembro.

“À semelhança do que sucedeu pela primeira vez nas últimas diretas, há dois anos, o site do PSD disponibiliza toda a informação atualizada ao segundo sobre o pagamento de quotas”, informou esta sexta-feira o partido em comunicado.

Por volta das 14h00, de acordo com o site, já tinham a quota válida para votar nas eleições diretas de 4 de dezembro 18.359 militantes, cerca de 22% dos 82.616 mil militantes sociais-democratas ativos (que pagaram pelo menos uma quota nos últimos dois anos)”.

Sem surpresa, o maior número de quotas pagas regista-se na distrital do Porto (cerca de 18% do total), seguida da Área Metropolitana de Lisboa (16%), Braga (8,6%) e Aveiro (7,7%), mantendo-se como as quatro maiores estruturas do partido em número de quotas pagas.

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Nas últimas diretas, em janeiro de 2020, num inédita segunda entre Rui Rio e Luís Montenegro e com o novo regulamento de quotas que causou polémica, dos 40.628 militantes em condições de votar, fizeram-no 32.582, uma taxa de participação de cerca de 80%.

Em 2018, Rui Rio derrotou Santana Lopes numa eleição em que o universo eleitoral era de 70.692 militantes, mas em que acabaram por votar apenas 42.655 (cerca de 60% do total).

No comunicado enviado esta sexta-feira, o PSD informa ainda que, pela primeira vez em eleições internas, permitirá o voto em mobilidade.

“Quer isto dizer que o militante que esteja deslocado em qualquer outra zona do país não perde a oportunidade de exercer o direito de voto”, explica o partido.

Entre 5 e 12 de novembro, qualquer militante pode solicitar, através do site, o exercício do direito de votar numa secção diferente da secção onde exerce a sua militância.

“Esta intenção é manifestada pelo próprio militante, autenticando-se exclusivamente com o cartão de cidadão ou com a chave móvel digital do cartão de cidadão no site acima referido”, refere o partido, explicando que, para este efeito, a sede Nacional, as sedes regionais e as sedes distritais do PSD passam a dispor de um leitor do cartão de cidadão.

As eleições diretas para presidente da Comissão Política Nacional do PSD estão marcadas para 4 de dezembro (com uma eventual segunda volta no dia 11, caso nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos, o que só poderá acontecer se existirem pelo menos três) e o 39.º Congresso entre 14 e 16 de janeiro no Centro de Congressos de Lisboa.

De acordo com o regulamento eleitoral aprovado no último Conselho Nacional a data-limite para pagamento de quotas para inclusão nos cadernos eleitorais é 15 de novembro de para pagamentos por vale postal e 17 de novembro de 2021 para os demais meios de pagamento.

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Até agora, anunciaram a sua candidatura o eurodeputado Paulo Rangel, que a apresentou na passada sexta-feira em Lisboa, e o atual presidente Rui Rio, que apresenta esta sexta-feira publicamente a recandidatura no Porto.

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O prazo para a apresentação de candidaturas a presidente da Comissão Política Nacional (CPN) termina em 22 de novembro e têm de ser subscritas por um mínimo de 1.500 militantes com capacidade eleitoral, só podendo cada militante subscrever uma única candidatura.

A apresentação de candidaturas a presidente da Comissão Política Nacional tem de ser acompanhada de uma Proposta de Estratégia Global e de um orçamento de campanha.