Mais de 1.000 migrantes foram resgatados entre a noite de segunda-feira e quarta-feira pelos serviços de salvamento franceses no Canal da Mancha, disse hoje o porta-voz da Autoridades Marítima de Cherbourg à agência de notícias EFE.

Só entre a noite de terça-feira e quarta-feira foram realizadas 22 operações para socorrer 779 pessoas que tentavam fazer a travessia para o Reino Unido e, posteriormente, estes migrantes foram encaminhados para a costa francesa, explicou a Autoridade Marítima do Canal da Mancha e o Mar do Norte num comunicado.

Na manhã de quinta-feira, três migrantes apareceram na praia da cidade francesa de Wissant, próximos de uma embarcação onde entrou água. Um dos migrantes morreu e os outros dois foram levados para um hospital em estado de hipotermia.

Na quarta-feira, um migrante morreu após ter sido resgatado de um barco inconsciente e outro foi dado como desaparecido.

Perante estes acontecimentos, a Autoridade Marítima reiterou os seus alertas sobre os riscos de se tentar atravessar o Canal da Mancha nestas condições e no comunicado relembrou que se trata de uma das zonas marítimas de maior tráfego do mundo e frequentemente com condições meteorológicas difíceis.

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Especificamente, mencionou que cerca de 120 dias por ano o vento sopra forte, sendo uma zona “particularmente perigosa, especialmente no inverno quando a temperatura da água cai”.

De acordo com registos franceses, nos primeiros 10 meses do ano 24.655 pessoas tentaram cruzar o Canal da Mancha ilegalmente para chegar ao Reino Unido, um número muito superior em comparação aos 9.551 em todo o ano de 2020.

Os serviços de resgate franceses salvaram 5.713 migrantes entre janeiro e outubro, nas diversas operações em que houve óbitos.