O primeiro-ministro, António Costa, foi esta sexta-feira convidado do último “Cristina ComVida”, o programa de Cristina Ferreira, onde surpreendeu a apresentadora da TVI já no final do encontro. “Já me ia esquecendo. Tenho um beijinho para si de um grande admirador”, afirmou o primeiro-ministro, no final do programa, explicando de seguida: “O Presidente da República.”

Depois de ter estado reunido esta sexta-feira com o primeiro-ministro, nos encontros habituais entre ambos, Marcelo, ao saber que Costa iria ao “Cristina ComVida”, pediu ao líder do executivo que enviasse os seus cumprimentos à apresentadora.

A entrevista ao primeiro-ministro conduzida por Cristina Ferreira focou-se no combate à pandemia desde que o novo coronavírus chegou a Portugal. Na estação de Queluz, António Costa aproveitou o momento para apelar uma vez mais à vacinação da população.

Ninguém se esqueceu da tragédia que foi o janeiro do ano passado, e ninguém quer voltar a viver isso. Aquilo que nos está a proteger é a elevadíssima taxa de vacinação”, afirmou o líder do executivo, que considerou que “o facto de nós termos muitas década já de planos de vacinação, é uma das razões pela qual os portugueses têm muita confiança nas vacinas”.

Além disso, António Costa salientou a importância das semanas de contenção que a população portuguesa atravessa atualmente, explicando que o esforço da sociedade tinha já permitido aos especialistas a previsão de números de casos mais baixos em relação ao estimado no período antes do Natal.

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Questionado sobre qual a decisão mais difícil que teve de tomar durante o combate à pandemia, o primeiro-ministro foi claro: o primeiro fecho das escolas, logo no início da pandemia.

“A [decisão] mais difícil de todas foi a primeira, a de encerrar as escolas a 12 de março de 2020. Essa foi a primeira e foi a decisão mais difícil, porque a partir daí percebi que todas as decisões iam ser difíceis”, explicou António Costa, que considerou a questão da empatia um fator fundamental na tomada de decisões em relação às medidas contra a Covid-19.

Independentemente da escolha política, quando estamos a combater uma pandemia, as pessoas tem de ter uma ligação com quem está a liderar, independentemente de terem uma simpatia política ou não. E quem lidera, nestas circunstancias, tem de ser capaz de chegar às pessoas, porque a saúde delas e a vida delas depende daquilo que eu [enquanto primeiro-ministro] faço”, assumiu o chefe de Governo.

António Costa quis destacar ainda, na entrevista a Cristina Ferreira, e numa altura em que estamos em campanha eleitoral para as eleições legislativas de 30 de janeiro, que os apoios sociais por parte dos Estado foram vitais no apoio à população, tendo dado o exemplo do setor da cultura, fortemente impactado pelas restrições impostas nos últimos dois anos.

“De repente as pessoas perceberam que a segurança social não paga só pensões. Paga também subsídios de desemprego, lay-off’s, paga apoios extraordinários que foram necessários para pessoas que por razões diversas nunca tinham descontado porque tinham formas muito informais de trabalho”, disse.