Ainda não há decisão sobre o visto de Novak Djokovic, mas o tenista foi incluido no sorteio que tinha sido adiado: o sérvio vai enfrentar o compatriota Miomir Kecmanovic na primeira ronda do Open da Austrália, de acordo com o sorteio desta quinta-feira, desde que não seja deportado até lá.
Top seed and nine-time #AusOpen champion ???????? @DjokerNole begins his title defence against Miomir Kecmanovic.#AO2022 pic.twitter.com/96MAlHNElG
— #AusOpen (@AustralianOpen) January 13, 2022
O sérvio, que não foi vacinado contra a Covid-19, aguarda uma decisão do ministro da Imigração da Austrália, que tem poder para o deportar.
O sorteio estava marcado para às 15h00 (04h00 em Lisboa) de quinta-feira, mas foi adiado por uma hora e 15 minutos, à espera da decisão do governo que acabou por não chegar.
De acordo com os jornais The Age e The Sydney Morning Herald, o ministro Alex Hawke não vai tomar essa decisão esta quinta-feira. Os jornais dizem que Hawke está ainda a “considerar o assunto” e não irá tomar nenhuma decisão “esta noite” (hora da Austrália).
Deste modo, a saga em torno do tenista sérvio, que foi afastado do Open da Austrália por não cumprir os requisitos sanitários, arrasta-se pelo sétimo dia.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, confirmou que a decisão sobre o cancelamento do visto ainda estava a ser analisada por Hawke.
Havia elevada expectativa que um anúncio sobre Djokovic fosse acontecer durante a tarde de quinta-feira, durante uma conferência de imprensa do governo, mas Morrison indicou não haver alterações em relação ao dia anterior. “Remeto-vos para a declaração mais recente do ministro Hawke, essa posição não mudou. Estes são poderes ministeriais que devem ser exercidos pelo ministro Hawke, e não pretendo fazer mais comentários sobre isto”, disse.
Novak Djokovic entrou na Austrália não vacinado, mas com uma isenção médica que lhe permitia viajar. Contudo, à chegada ao país, o tenista foi retido no aeroporto de Melbourne, já que o tipo de visto solicitado não contemplava isenções médicas.
O sérvio contestou a decisão junto dos tribunais e foi libertado do centro de confinamento em Melbourne, tendo voltado aos treinos, mas pode agora enfrentar nova decisão de cancelamento do visto e eventual deportação por parte do ministro Alex Hawke.
Além da ausência de vacinação, as autoridades criticam também o facto de o tenista ter prestado informações falsas sobre o historial de viagem nos últimos 14 dias, nos formulários de pedido de visto. Djokovic acabou por admitir ter dado uma entrevista presencial, quando estava infetado com Covid-19, ignorando o período obrigatório de 14 dias de quarentena para os infetados, em dezembro, em Belgrado.