Os funcionários e os alunos do ensino superior em Macau serão obrigados a ter duas doses da vacina contra a Covid-19 para entrarem nestas instituições, caso contrário, terão de apresentar semanalmente um teste PCR negativo, foi esta quinta-feira anunciado.

Em conferência de imprensa, as autoridades responsáveis pela educação superior no antigo território administrado por Portugal detalharam ainda que a medida entra em vigor a partir de 21 de fevereiro.

Na mesma ocasião foi ainda anunciado que no caso do ensino não superior esta medida é apenas exigida aos funcionários.

Estas medidas no território que persiste na política de casos zero de Covid-19 e que identificou apenas 79 casos desde o início da pandemia, acontecem numa altura em que estão a surgir surtos um pouco por toda a China continental.

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Os casos na China continental, apesar de reduzidos, estão a aumentar, com o registo de surtos locais um pouco por todo o país, a poucos dias da celebração da passagem do ano lunar com a família, na maior migração interna do planeta, e do início, em 4 de fevereiro, dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Há duas semanas, após um surto ter sido registado em Hong Kong, Macau proibiu a aterragem no território de voos de fora da China, numa altura em que muitas pessoas, entre os quais portugueses, regressavam das férias de Natal.

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Essa proibição está imposta até dia 23 de janeiro. Contudo, as autoridades já admitiram que a medida pode ser prolongada.

Macau, que tem seguido a política de zero casos de Covid-19, impõe quarentenas de regresso que podem chegar a 35 dias dentro de um quarto de hotel e não permite sequer a entrada a quem teve Covid-19 nos últimos dois meses.

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Assim como acontece na China continental, o Governo de Macau passou a não considerar os casos assintomáticos para efeitos de contabilidade dos casos registados.