Foi “sem surpresa” que Francisco Rodrigues dos Santos viu o apoio declarado por Adolfo Mesquita Nunes, antigo vice-presidente do CDS, à Iniciativa Liberal, na noite de segunda-feira. O líder dos centristas não quis fazer grandes comentários sobre o tema e apenas disse que não pretende manifestar-se sobre os apoios políticos dados por pessoas que já não fazem parte do partido.

Rodrigues dos Santos mostrou algum desconforto, esta terça-feira, quando foi questionado pelo Observador, em Braga, sobre a declaração de apoio do ex-centrista aos liberais. Logo após a pergunta, e porque alguns jornalistas lhe pediam que se virasse para as câmaras, o presidente do CDS atirou, entre risos: “Pois, esta já querem”. E pediu ao Observador que repetisse: “Como é que disse, desculpe?”

Depois de ouvir a pergunta novamente, respondeu: “Sem surpresa, encaro sem surpresa“. E perante a insistência dos jornalistas sobre se esse apoio seria mau para o CDS, apenas acrescentou: “Não me manifesto por apoios políticos de pessoas que não são militantes do partido.”

[Oiça aqui, ao minuto 4:40, o momento em que Francisco Rodrigues dos Santos é questionado sobre o apoio de Mesquita Nunes à IL]

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O anúncio de Mesquita Nunes marcou o espetro político da direita na segunda-feira à noite. O ex-candidato a presidente do CDS, que saiu há três meses do partido depois de 25 anos de militância, justificou o voto nos liberais com a necessidade de “mudar de modelo de desenvolvimento”, embora reconheça que não concorda com tudo o que a IL defende. “Andamos desde 1995 a seguir o modelo socialista de desenvolvimento. Precisamos mesmo de fazer reformas sob pena de não darmos oportunidades às pessoas”, disse.

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