O cerco a Mason Greenwood está a fechar-se e o jogador do Manchester United está cada vez mais isolado. O avançado inglês de 20 anos, detido durante o fim de semana sob suspeita de violação e agressão sexual, está ainda sob custódia das autoridades e os detetives responsáveis pelo caso receberam entretanto tempo adicional para o interrogar.

De acordo como Daily Mail, o próprio plantel do Manchester United já começou a virar as costas a Greenwood — o que não deixa de ser um sinal importante. Cristiano Ronaldo, David de Gea, Paul Pogba, Marcus Rashford, Cavani, Fred, Lingard e Lindelof deixaram de seguir o jovem jogador nas redes sociais, sendo que o jornal garante que a cúpula dos red devils já tinha sido alertada para uma “má gestão de ego” e alguns traços de personalidade preocupantes por parte do avançado inglês.

“Empurra-me mais uma vez e vais ver o que te acontece”. Greenwood, suspenso do Man United após denúncia da namorada, detido por violação

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Por seu lado, o Manchester United já retirou o nome de Mason Greenwood da lista de pesquisas possíveis na loja oficial do clube, onde já não aparece nenhum produto com o nome do jogador. Além disso, alguns patrocinadores dos red devils, como a TeamViewer e a Cadbury, já anunciaram que o avançado não vai voltar a aparecer em nenhuma campanha e estão à espera das conclusões da investigação policial para tomar uma decisão mais definitiva em relação à parceria institucional com o clube.

Já a Nike, que normalmente é das primeiras marcas a reagir a este tipo de episódios, apressou-se a cortar todas relações comerciais que tinha com Greenwood. “Estamos profundamente preocupados com estas inquietantes acusações e vamos continuar a acompanhar a situação”, referiu a marca norte-americana, que patrocinava o inglês. A título particular, vários adeptos que compraram a camisola do Manchester United com o nome do avançado estão a pedir a devolução do dinheiro ou a troca pela de outro jogador.

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De recordar que Mason Greenwood foi detido no domingo depois de Harriet Robson, modelo de 22 anos que namorou com o jogador, ter publicado vídeos, fotografias e áudios no Instagram onde o acusa de a agredir. “Para todos aqueles que querem saber o que Mason Greenwood verdadeiramente faz comigo”, foi como introduziu a partilha, para depois publicar imagens em que aparece com o rosto a sangrar, lavada em lágrimas, e com braços, pernas e ancas cobertos de nódoas negras.

Num áudio, gravado em outubro de 2021, é possível ouvir Harriet Robson e um homem, que se presume que seja Mason Greenwood, naquele que será um dos episódios que levou à detenção do jogador, e que tem sido traduzido pela imprensa de todo o mundo. Apesar das recusas da namorada, que lhe diz que não quer ter sexo com ele, o homem insiste. “Abre as pernas, abre as pernas, Harriet! (…) Não quero saber se queres ter sexo comigo, ouviste? Pedi-te com modos e não quiseste. Pedi-te com modos e não quiseste. O que é que queres que eu faça mais? Empurra-me mais uma vez e vais ver o que te acontece.”

À BBC, a polícia de Manchester confirmou que foi alertada para “imagens e vídeos publicados nas redes sociais por uma mulher a relatar incidentes de violência física”. Acrescentou ainda: “Podemos confirmar que um homem na casa dos 20 foi detido por suspeita de violação e agressão”.

Benjamin Mendy foi acusado de mais uma violação. Jogador do City continua em prisão preventiva

Esta detenção aconteceu horas depois de o Manchester United, com quem Greenwood tem contrato até 2024, com mais um ano de opção, ter anunciado a suspensão do jogador. “Mason Greenwood não vai regressar aos treinos ou jogar até novas informações”, escreveram os red devils em comunicado, numa altura em que as acusações feitas ao jogador eram ainda de violência doméstica e não de violação e agressão. “O Manchester United não tolera qualquer tipo de violência.”

Em agosto de 2021, Benjamin Mendy, também jogador de Manchester mas do City, foi preso preventivamente depois de cinco mulheres, a que mais tarde se juntaram outras duas, o terem acusado de violação. Libertado sob fiança no passado dia 7 de janeiro, o lateral, campeão mundial pela seleção francesa em 2018, vai ser julgado em junho por sete crimes de violação e um de abuso sexual.