O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, criticou, esta sexta-feira, as exigências do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por este insistir num encontro frente a frente com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. “Não faz sentido nenhum”, atirou, acrescentando que é “benéfico para o Ocidente” apoiar esta atitude de “intransigência” do chefe de Estado da Ucrânia.

Numa entrevista ao canal à Russia Today Arabia citada pela agência RIA, Sergei Lavrov também criticou o facto de a Ucrânia apenas estar disposta a aceitar as negociações de paz, caso “os territórios controlado pelo país a 23 de fevereiro voltarem a estar novamente sob soberania” de Kiev.

Sobre a ofensiva militar, o ministro russo assinalou que é preciso “continuar a guerra”, sendo que uma das razões passa pelo facto de o “Ocidente ter pedido a derrota da Rússia no campo de batalha”. Além disso, sublinhou que é preciso “bombardear nacionalistas ucranianos” — e também as armas de países ocidentais que cheguem à Ucrânia.

Sergei Lavrov deixou um aviso aos políticos europeus. Se ainda “mantiverem a sua sanidade”, não devem enviar “armas de longe alcance” para a Ucrânia. “Isso será um passo sério para uma escalada [do conflito] inaceitável”, ameaçou, acrescentando que o Ocidente já “a travar uma guerra por procuração” com a Federação Russa.

Denunciando as intenções da NATO, o ministro dos Negócios Estrangeiros russos apontou que existe a vontade de transformar a “aliança defensiva” numa “aliança global com a finalidade de domínio militar de todo o mundo”. “É um caminho perigoso”, insinuou, assinalando que está destinado “ao fracasso”.

Na mesma entrevista, Sergei Lavrov criticou a “insolência da aliança anglo-saxónica”, que “não conhece limites”. “Em vez de respeitar as obrigações da Carta da Organização das Nações Unidas, o Ocidente faz diariamente ultimatos”, salientou.

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