Forças israelitas mataram, esta quinta-feira, um menor palestiniano na Cisjordânia ocupada, baleado próximo do muro de separação do território, onde em menos de 48 horas quatro palestinianos morreram devido a disparos israelitas.

Após ter sido atingido por um tiro no peito por disparos israelitas, na aldeia de Al Madiya, na região de Ramallah, centro da Cisjordânia, o jovem foi enviado de urgência para o hospital. “Os médicos tentaram salvar-lhe a vida, mas acabou por sucumbir a um ferimento muito grave”, informou em comunicado o Ministério da Saúde palestiniano.

A morte ocorreu quando militares israelitas dispararam contra um grupo de jovens que jogava numa zona perto do muro de separação da Cisjordânia, segundo fontes citadas pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.

O exército israelita indicou estar a investigar as circunstâncias do incidente, indicou a agência noticiosa Efe.

Na manhã de quarta-feira, uma mulher de 31 anos morreu ao ser atingida por disparos de um soldado israelita após se aproximar do militar com uma faca, segundo a versão do exército, que se referiu a uma “tentativa de ataque”.

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Nessa noite, outro palestiniano foi morto numa povoação do norte da Cisjordânia durante confrontos com tropas israelitas que demoliam a residência familiar de um palestiniano que cometeu um ataque mortal numa cidade israelita em março passado.

Já durante a madrugada de hoje, outro jovem palestiniano morreu baleado durante confrontos com o exército israelita na cidade de Belém.

Desde finais de março, uma nova escalada de violência no longo conflito israelo-palestiniano já provocou cerca de 50 mortos palestinianos em território ocupado, em incidentes violentos com diversas origens.

Entre as vítimas mortais incluem-se vários menores de idade e a jornalista Shireen Abu Akleh, repórter da cadeia televisiva Al Jazeera, atingida há três semanas por um disparo de precisão durante uma incursão militar israelita em Jenin.

Jornalista da Al Jazeera morre em confrontos entre forças israelitas e palestinianas

Desde há dois meses que as forças militares israelitas promovem quase diariamente incursões militares e operações de detenção na Cisjordânia, após seis ataques cometidos por palestinianos ou árabes-israelitas em Israel que provocaram 18 mortos.