A maioria dos líderes mundiais manteve-se em silêncio acerca de morte de Daria Dugina, filha do filósofo russo Alexander Dugin — considerado o ideólogo de Vladimir Putin — que morreu depois de o carro onde seguia explodir. Uma das poucas exceções foi o vice-secretário do Vox, partido de extrema-direita espanhol, em Barcelona, ​​​​Jordi de la Fuente. Poucas horas após o ataque escreveu uma publicação no Twitter que dizia apenas:

Descanse em paz, guerreira”

A publicação foi apagada das redes sociais quase de imediato, mas foi foi gravada por Xavier Rius Sant, jornalista e escritor catalão que escreveu um livro com uma investigação detalhada dos círculos de extrema-direita na Catalunha. O tweet foi enviado pelo jornalista ao jornal espanhol El País, que refere outras ligações de Jordi de la Fuente e do próprio partido ao considerado “cérebro de Putin”.

Desde logo, Jordi de la Fuente é um admirador declarado de Alexander Dugin. Em outubro de 2016, o homem forte do Vox na Catalunha apresentou o livro um livro de Dugin, na Casa da Rússia em Barcelona, ​​do qual ele próprio escreveu o prólogo. Anos antes, em 2012, outro livro de Dugin tinha sido publicado pela Ediciones Nueva República, uma editora do grupo de De la Fuente, adianta o El País.

O próprio líder do Vox, Santiago Abascal, mostrou alguma simpatia por Vladimir Putin, numa entrevista ao site argentino Infobae, no final de julho, quando já tinham passado cinco meses da invasão russa na Ucrânia. “Putin é uma personagem que se posiciona contra a estupidez da esquerda. Mas só porque alguém está certo sobre algo não o torna bom em tudo o resto”, disse Abascal, que tem entre seus assessores mais próximos o escritor Fernando Sánchez Dragó, admirador de Putin.

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