O Chega pediu a demissão da ministra da Coesão Territorial, esta sexta-feira, depois de várias notícias que envolvem pedidos de fundos comunitários por parte do marido de Ana Abrunhosa e já depois de André Ventura ter questionado António Costa, no debate de política geral, sobre se havia condições para a governante continuar no cargo.

“Já tínhamos dúvidas legais, já tínhamos certezas éticas, agora o Chega tem também certezas políticas: a ministra da Coesão não tem condições de continuar a ser ministra”, realçou André Ventura, frisando que o Governo e António Costa “decidiram cobrir” as ações da governante, mesmo após a divulgação da notícia de que o marido tinha adquirido fundos comunitários.

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O líder do Chega nota que as “novas informações mostram que Costa estava errado e que a ministra não tem condições”, nomeadamente pelo facto de, “a par da situação de grande conflito ético” dos apoios europeus, o marido de Ana Abrunhosa estar “associado para a obtenção desses fundos a um condenado por corrupção“, segundo a notícia avançada pelo Expresso.

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Perante os acontecimentos, André Ventura considera que a continuidade de Ana Abrunhosa “vai ser mais desgaste para o Governo, menos credibilidade para as instituições e menos ética dentro do Governo”.

“O Governo está no mau caminho, está a fazer pseudo-reformas e reformas artificiais que não são as reformas que o país precisa e é o caminho para o desastre. É a maioria absoluta que mais rápido se esfumou e esvaziou na História de Portugal”, sublinhou o presidente do Chega.

O pedido reiterado por André Ventura surge depois de vários partidos terem questionado o primeiro-ministro sobre o caso, durante o debate de política geral, e já depois da polémica com uma deputada do PS que pediu para que fosse apagada a declaração de Carlos Guimarães Pinto, deputado da IL, que havia pedido a demissão da ministra ou a devolução dos fundos por parte das empresas do marido.

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