Depois de esta segunda-feira à noite, numa viagem de avião com jornalistas, ter dito repetidamente que se Ron DeSantis se candidatar à nomeação do Partido Republicano para as presidenciais de 2024 vai ser obrigado a revelar publicamente tudo aquilo que sabe dele, esta quarta-feira Donald Trump está a tentar colher os louros da vitória do rival, que foi reeleito governador da Florida.

Em entrevista ao NewsNation, o ex-presidente dos Estados Unidos tentou desacreditar DeSantis e capitalizar a vitória alcançada pelo governador esta terça-feira, que cada vez mais se perfila como um dos favoritos do partido à nomeação. Segundo Trump, não fosse o seu apoio em 2018, DeSantis nunca tinha chegado onde chegou: “Consegui-lhe a nomeação. Ele não a recebeu, eu consegui-lha, porque assim que o apoiei, ele conseguiu. Depois ele concorreu e não era suposto ser capaz de ganhar. Fiz dois comícios, tivemos 52.000 pessoas em cada um e ele ganhou. Pensei que ele podia ter sido mais gracioso. Mas isso é lá com ele”.

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Estas declarações tiveram lugar escassas horas após Ron DeSantis declarar vitória na Florida e deixar o futuro em aberto: “Conseguimos mais do que qualquer pessoa pensava ser possível há quatro anos, mas temos muito mais para fazer e eu só agora comecei a lutar”.

E apenas dois dias depois de Donald Trump ter feito as já referidas declarações aos jornalistas: “Se ele concorrer, vou contar-vos coisas sobre ele que não serão muito lisonjeiras. Sei mais sobre ele do que qualquer outra pessoa a não ser talvez a sua esposa, que é quem está a dirigir a sua campanha”.

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Apesar de todas as ameaças que deixou no ar, Donald Trump, que se espera que anuncie a candidatura à nomeação já no próximo dia 15, fez questão de dizer que Ron DeSantis é um “bom tipo” e que não tem nenhum “problema” com ele — e também se congratulou por estar “muito acima nas sondagens”.