O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários confirmou este sábado que 169 pessoas morreram em resultado das chuvas torrenciais que devastaram a capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, entre 12 e 13 de dezembro.

As inundações repentinas deixaram pelo menos 30 feridos, destruíram pelo menos 280 casas e, no geral, obrigaram à retirada de quase 40 mil pessoas, sobretudo nos distritos de Mont-Ngafula e Ngaliema, os mais afetados, revela o último balanço do OCHA no país, divulgado.

Na sexta-feira, terminaram os três dias de luto nacional em memória das pessoas que morreram, enquanto o Governo congolês deu garantias de “um enterro digno e seguro” para os falecidos.

No comunicado, o OCHA recorda que, além de Kinshasa, as províncias de Equateur, Maniema, Ubangi (tanto a norte, como a sul do país) e Tshopo têm sofrido inundações desde outubro, que fizeram mortos, feridos e causaram graves danos nas habitações, infraestruturas e terrenos agrícolas.

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Na terça-feira, o primeiro-ministro da RDCongo, Jean-Michel Sama Lukonde, disse que tinham morrido pelo menos 100 pessoas e dezenas tinham ficado feridas. Lukonde proferiu esta afirmação na altura e que as autoridades ainda estavam à procura de mais corpos.

“Viemos avaliar os danos e os primeiros danos que vemos são pessoas mortas”, disse então o primeiro-ministro, citado pela televisão estatal.

As comunas de Mont-Ngafula e Ngaliema, no oeste da capital de cerca de 15 milhões de habitantes, foram as mais afetadas pelas chuvas torrenciais que atingiram cerca de 38 mil pessoas, especificou o OCHA.

As chuvas muito fortes caíram em Kinshasa na noite de terça-feira, provocando deslizamentos de terra e desabamentos de residências e alagando as principais ruas do centro da cidade. A estrada nacional 1 que faz ligação ao porto de Matadi (oeste) ruiu na saída de Kinshasa.

Na quarta-feira, foi decretado luto nacional de três dias.