O regime talibã proibiu o acesso das raparigas ao ensino básico, efetivando o afastamento das mulheres de todos os níveis de ensino no Afeganistão, noticiou o The Wall Street Journal.

A decisão foi tomada esta quarta-feira, numa reunião que juntou em Cabul diretores de escolas privadas, clérigos e representantes de comunidades. Segundo o The Wall Street Journal, a proibição abarca também as funcionárias das escolas, incluindo professoras, uma das poucas profissões ainda disponíveis para as mulheres no Afeganistão desde que os talibãs tomaram o poder.

Foi também decidido que as mulheres adultas não poderão continuar a frequentar mesquitas ou a participar em seminários religiosos.

Talibãs proíbem mulheres afegãs de terem acesso à educação universitária

A proibição surge apenas um dia depois de o Ministério do Ensino Superior talibã ter anunciado o fim, “até nova ordem”, da admissão de mulheres em universidades públicas e privadas. A decisão foi classificada como um “crime contra a humanidade” pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell. António Guterres mostrou-se “alarmado”.

Os talibãs assumiram o controlo do Afeganistão em agosto do ano passado. Várias escolas foram encerradas, tendo sido reabertas em setembro de 2021, mas apenas para os rapazes. Na altura, foi referido que as jovens deviam permanecer em casa até que houvesse condições para retomarem as aulas, mas esse anúncio nunca chegou a acontecer.

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