Dezenas de apoiantes da recém lançada plataforma de ação “Parar o Gás” juntaram-se esta terça-feira em frente às sedes da Rede Elétrica Nacional (REN), Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Energias de Portugal (EDP), declarando-as locais de crime, “responsáveis pela crise do custo de vida e a crise climática”.

Os ativistas também anunciaram que vão bloquear o Terminal de Gás Natural Liquefeito do Porto de Sines na primavera “num protesto coletivo de desobediência civil”, de forma a parar o funcionamento da “principal porta de entrada de entrada de gás no país”.

Em comunicado, a “Parar o Gás” relembra os “vários recordes de fenómenos climáticos extremos”, assim como os “recordes de lucros privados” batidos em 2022, afirmando que “estes eventos não aconteceram simplesmente, foram fabricados”.

Entre outras acusações, a plataforma denuncia a REN, CMVM e a EDP de expandirem as infraestruturas de gás fóssil, greenwashing, agravamento da crise climática e explosão de lucros, “ligada à crise do custo de vida”.

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“Estas empresas não querem parar estes crimes porque o sistema atual coloca o lucro acima de tudo, mesmo sabendo o enorme sofrimento que produzem com a crise do custo de vida e a crise climática, mesmo sabendo que estão a empurrar todas as pessoas para o colapso civilizacional”, lê-se na nota.

Na sede da REN, última paragem da ação, os ativistas anunciaram que, nesta primavera, “centenas de pessoas vão parar o funcionamento da entrada principal de gás em Portugal”, o terminal de GNL, no Porto de Sines, num “protesto coletivo e disruptivo por uma sociedade justa com energia renovável para todas as pessoas”.

“Todas as pessoas têm de agir: temos de, em conjunto, parar o gás fóssil e lutar por energia 100% renovável acessível a todas as pessoas”, afirmam.