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As autoridades da região ucraniana de Lugansk, anexada pela Rússia em setembro passado, acusaram esta sexta-feira de “espionagem” um funcionário da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

“O Ministério de Segurança Estatal da República Popular de Lugansk abriu um processo criminal contra um empregado da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa pelo crime de espionagem“, indicou num comunicado, citado pela agência russa Interfax.

Segundo a nota, o acusado é um cidadão britânico que estava encarregado de uma missão de operações de “drones” (aparelhos voadores não-tripulados) em Lugansk.

Investigadores locais creem que “por ordem de um serviço especial estrangeiro“, o trabalhador da OSCE “recolheu e transmitiu informação” sobre a localização das posições, equipamento militar e armas das milícias populares de Lugansk, bem como “as coordenadas das instalações de infraestruturas civis”.

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Essa informação, segundo a acusação, foi entregue “à parte ucraniana, que a utilizou para ataques contra a República Popular de Lugansk”.

Anteriormente, tinha sido noticiado que quatro cidadãos ucranianos, funcionários da missão especial de observação da OSCE, que deixou de funcionar em finais de março devido à ofensiva militar russa na Ucrânia, foram detidos no fim de abril passado em território ocupado pelos russos.

Desde 2014 – ano em que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia –, a Missão de Observação da OSCE tinha no terreno centenas de observadores internacionais desarmados que informavam sobre a situação na chamada “linha de contacto” entre o exército ucraniano e rebeldes separatistas pró-russos na região do Donbass, no leste da Ucrânia.