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O diretor da CIA, William Burns, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, terão discutido, no encontro que ocorreu há cerca de duas semanas em Kiev, o assassínio do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin.

A notícia está a ser avançada pelos meios de comunicação sociais russos, sendo que o próprio líder do grupo Wagner já “foi informado” disso, contou no Telegram a equipa do serviço de imprensa. E Yevgeny Prigozhin reagiu com ironia à mistura: “É uma ideia muito boa. Concordo que é hora de liquidar Prigozhi. Se eles entrarem em contacto comigo, certamente ajudarei.”

Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dymtry Peskov, também foi questionado sobre o assunto, tendo-o remetido para os serviços de informações. Ainda assim, o responsável pela comunicação da presidência russa diz que a Ucrânia já esteve por detrás de várias tentativas de assassínio, lembrando o que aconteceu com Darya Dugina. A filha do conhecido ideólogo de Putin, Aleksandr Dugin morreu em agosto, vítima de um atentado que teria como alvo o pai.

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Daria Dugina morreu quando regressava a casa. Bomba colocada no SUV do pai, amigo de Putin, terá causado explosão

O envolvimento do regime de Kiev nessas tentativas de assassínio é óbvia, por isso é um perigo para os nossos cidadãos”, disse Dymtry Peskov citado pela .

Nas últimas semanas têm sido noticiados novos detalhes sobre a conversa entre Burns e Zelensky. Fontes ouvidas pelo Washington Post revelaram que o diretor da CIA terá sublinhado que a guerra atravessa um momento um crucial, reconhecendo que a ajuda concedida poderá diminuir no futuro.

Em encontro secreto, diretor da CIA avisou Zelensky que apoio do Ocidente pode diminuir no futuro

Neste momento, os combates mais intensos concentram-se na região de Donetsk, particularmente na cidade de Bakhmut. As forças do grupo Wagner, que participam na “operação militar especial” russa desde o início da guerra, têm confrontado as tropas ucranianas nessa linha da frente e reclamaram recentemente a conquista de Soledar, uma cidade perto de Bakhmut.

O grupo Wagner, fundado por Prigozhin em 2014, tem assumido um papel importante nas operações russas na Ucrânia, numa campanha marcada por relatos de violência. Segundo as autoridades norte-americanas, a companhia militar privada tem atualmente 50 mil homens no território ucraniano, 80% dos quais foram recrutados nas prisões russas. Em resposta às “atrocidades” cometidas pelos seus combatentes, os Estados Unidos designaram na semana passado o Wagner como uma organização internacional criminosa.