Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, estiveram reunidos em Jerusalém e prometeram fazer tudo o que está ao alcance dos dois países para que o Irão não adquira armas nucleares.

“Acordámos que o Irão nunca deverá adquirir armas nucleares”, referiu o governante norte-americano, já depois de o chefe de Estado de Israel ter alertado que o regime iraniano “não pode adquirir” este tipo de armas. “A maior parte da comunidade internacional viu a verdadeira face do Irão, a barbárie deste regime para com o seu próprio povo, a forma como agride além das fronteiras e do Médio Oriente”, sublinhou Netanyahu.

Ambos realçaram a necessidade de trabalhar para um “bem comum” e o primeiro-ministro de Israel fez questão de destacar a importância do apoio dos EUA e a “amizade” entre os dois países. Continuará a funcionar dessa forma, garantiu Blinken, que reforçou que os EUA “jamais abdicarão da aliança” e que haverá formas de a fortalecer.

E concretizou: “Queremos melhorar a vida diária dos palestinianos, da Cisjordânia e Faixa de Gaza e queremos palestinianos e israelitas com os mesmos níveis de liberdade, segurança, oportunidades e justiça”. Aos olhos do representando dos EUA, “é importante que o povo saiba que o país está empenhado em garantir segurança”.

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Por outro lado, e recordando que “o Irão apoia terroristas”, Blinken acusou a Rússia de “apoiar o ciclo vicioso ao fornecer ao Irão o que o país precisa”. “Temos de fornecer tudo o que a Ucrânia precisa para defender o seu próprio povo”, argumentou o secretário de Estado dos EUA, explicando que se pretende alcançar “consensos para fortalecer a paz mundial”.

“Estamos a apelar a todos os lados que deem passos urgentes para a restauração da calma contra a escalada de violência”, garantiu, apresentando como meta uma “atmosfera de confiança”.

Macron exorta israelitas e palestinianos a não “alimentar espiral de violência”

Este domingo, o Presidente francês, Emmanuel Macron, exortou israelitas e palestinianos a não “alimentar a espiral de violência” após os ataques em Jerusalém Oriental e a morte de um palestiniano, morto por guardas israelitas. Numa conversa telefónica com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, “o Presidente da República recordou a necessidade de todos evitarem medidas suscetíveis de alimentar o ciclo de violência”, refere o Eliseu em comunicado. “Ele voltou a manifestar a sua disponibilidade para contribuir para a retoma do diálogo entre os palestinianos e os israelitas”, sublinhou a presidência francesa.

Nas últimas semanas tem-se registado um escalar de violência no Médio Oriente, com um sete pessoas a morrerem num tiroteio numa sinagoga do bairro de Neve Yaakov, nos arredores de Jerusalém. E com o registo de pelo menos dez palestinianos mortos em operações israelitas na Cisjordânia e Gaza, a última das quais descrita por Israel como uma resposta aos ataques do movimento palestiniano Hamas.