No universo da Stellantis, grupo resultante da fusão da PSA com a FCA, são muitas as marcas que contribuem para o desempenho comercial do conglomerado franco-italo-americano. Contudo, nenhuma o faz com o “vigor” da Fiat, como a própria marca italiana acaba de anunciar, ao revelar que, no ano passado, foi “a marca número um do Grupo com mais de 1,2 milhões de unidades vendidas a nível global”.

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Por cá, o fabricante italiano tem uma gama reduzida, que se apoia essencialmente no Panda e no 500, sem esquecer a família Tipo, mas é fortíssimo noutros mercados onde o portefólio de modelos pouco ou nada coincide com a oferta europeia. É o caso do Brasil, país onde a Fiat se impôs na liderança com uma quota de mercado de 21,9%, a que corresponde a emissão de 430.000 matrículas. O modelo que os brasileiros mais compraram foi a Strada, mas a pick-up Toro dominou por completo o seu segmento, enquanto a berlina Cronos cresceu perto de 50% face a 2021 e o SUV compacto Pulse superou a fasquia das 50.000 unidades vendidas no ano.

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A Fiat é a marca que mais vende na América do Sul (13,6% de quota de mercado), mas é também incontornável nos mercados turco (18,7% de quota) e italiano (quota de mercado de 15,1%). Se este último não surpreende, pois a Fiat é quase uma “instituição” em Itália, já o mesmo não se pode dizer do país euro-asiático. Na Turquia, o modelo mais vendido foi o Fiat Tipo, que cativou mais de 50% dos clientes no seu segmento, contribuindo decisivamente para o fabricante italiano revalidar, pelo quarto ano consecutivo, o título de marca mais vendida.

Em termos de volume, a Fiat é a marca líder na Stellantis com mais de 1,2 milhões de unidades registadas em 2022, incluindo os veículos Fiat, Abarth e Fiat Professional. Somos o líder absoluto do mercado no Brasil, Itália e Turquia, e estamos a acelerar rumo a um futuro sustentável com o novo 500 eléctrico, modelo que registou quase 120 mil unidades vendidas em 2022, desde o seu lançamento. E graças às sinergias incorporadas no Grupo Stellantis, em 2023 a Fiat continuará a oferecer soluções socialmente relevantes, apresentando quatro novos produtos”, avança o CEO da Fiat, Olivier Francois.

Dois desses novos modelos serão puramente eléctricos, segundo indicações da própria marca. Mas permanece a dúvida sobre que propostas vêm fazer companhia ao 500e, o eléctrico a bateria mais vendido da Stellantis e o terceiro BEV mais vendido nos 10 principais mercados europeus, sendo o primeiro em Itália, o segundo em Espanha e o terceiro na Alemanha.

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Porém, convém recordar que há muito que se fala no novo Panda, que eventualmente poderá evoluir para um pequeno crossover citadino, recorrendo à plataforma do Peugeot e-208. Tal permitiria ao construtor, sem grande investimento fabril, renovar a sua oferta e introduzir uma versão exclusivamente a bateria, que poderia ser comercializada lado a lado com as versões térmicas. Outro dos hipotéticos regressos é o do Punto, sem esquecer que é altamente provável que a Fiat venha a recuperar o mítico Topolino (assim ficou conhecido o primeiro 500) recorrendo à base utilizada pelos quadriciclos eléctricos Citroën Ami e Opel Rocks-e.