O presidente da Assembleia da República realça que a democracia foi removendo da lei as discriminações que existiam em relação às mulheres e considerou que a luta pelos seus direitos deve ser travada todos os dias.

Estas posições foram transmitidas por Augusto Santos Silva numa mensagem vídeo divulgada nesta quarta-feira, no dia em que se assinala o Dia Internacional da Mulher.

“É muito importante continuarmos a comemorar o Dia Internacional da Mulher como um dia pela igualdade, a igualdade entre mulheres e homens, entre homens e mulheres. Essa igualdade é hoje mais forte do que era na lei, no sentido em que foram removidas certas barreiras legais que representavam discriminação das mulheres. E queria recordar isso mesmo, recordar que antes do 25 de Abril em Portugal havia mesmo discriminação legal, na lei, das mulheres”, observou o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

Augusto Santos Silva referiu depois que, por exemplo, “as mulheres estavam impedidas de ser militares, ser diplomatas ou ser juízas”.

“Felizmente, com a democracia, essas discriminações na lei foram sendo sistematicamente removidas. Mas não todas as discriminações na prática. E essas, é preciso continuar a combatê-las para que a igualdade seja uma igualdade real, uma igualdade entre todos”, advertiu.

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O presidente da Assembleia da República defendeu que é “importante ter consciência dos problemas mais graves que o país enfrenta, porque alguns deles são problemas ligados justamente às discriminações de género”.

Como exemplos, apontou o “flagelo que é a violência contra as mulheres, em particular, a violência doméstica contra as mulheres”.

“Este dia, o Dia Internacional da Mulher, é o dia que existe e que merece existir para nos lembrar que a luta pela igualdade, a luta pelos direitos das mulheres, é uma luta não deste dia mas de todos os dias”, acrescentou.

A acompanhar o vídeo, foi também publicada uma mensagem onde é enaltecida a importância do dia enquanto marco histórico.

Devemos assinalar esta data porque continuamos a viver numa sociedade que podia e devia ser mais igual, podia e devia insurgir-se todos os dias contra a discriminação, podia e devia combater todo o tipo de violência contra as mulheres”, frisa-se nessa mensagem.