O último de 10 sensores de inundação em Lisboa foi instalado esta segunda-feira em Alcântara, tendo o presidente da câmara, Carlos Moedas, revelado a intenção de continuar a instalá-los “pelo menos” em mais 50 locais na cidade.

Correndo bem, temos muitos outros pontos da cidade que precisamos destes sensores”, afirmou Carlos Moedas, esta segunda-feira em Lisboa, numa visita em Alcântara ao local onde foi instalado o décimo sensor.

Estes são apenas oito [sensores]. Eu diria que temos, pelo menos, 50 locais onde deveríamos ter este tipo de sensores”, considerou, esclarecendo que “até podem ser mais”, do que essa meia centena de localidades.

Vários distritos do continente, mas em particular Lisboa, foram afetados por chuvas fortes no mês de dezembro, com grandes inundações, dezenas de desalojados e prejuízos de milhões de euros.

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Se naquela noite tivéssemos tido estes sensores nos túneis, poderíamos ter fechado os túneis muito antes do que aquilo que fizemos”, explicou, considerando que este sistema de alerta traz “mais tranquilidade” aos munícipes.

Os sensores de inundação, juntamente com sensores de caudal a instalar em condutas, pretendem monitorizar em tempo real e detetar precocemente fenómenos com potencial risco de danos humanos e materiais causados por inundações, permitindo uma melhor gestão de meios de prevenção e uma mais rápida ativação dos meios de socorro.

Neste projeto-piloto, foram instalados 10 sensores em oito locais: dois no Túnel João XXI, um no Túnel Entrecampos, um no Túnel Campo pequeno, dois no Túnel Campo Grande, um no Túnel Batista Russo, um na Rua da palma 191, junto ao Martim Moniz , um na Rua Dom Duarte, junto ao Martim Moniz, em frente ao Hotel Mundial e o último, esta segunda-feira instalado, na Rua da fábrica da pólvora, próximo da Rua da Cascalheira em Alcântara.

O sensor de caudal no coletor da Rua da Palma, em frente ao número 191 servirá para verificar correlação entre o caudal no coletor e inundação a jusante (sensor de inundação na R. D. Duarte, em frente ao Hotel Mundial), de forma a alimentar um modelo de predição.

O objetivo do projeto-piloto é testar um sistema de previsão de inundação e escalar para uma rede de sensores que consiga abranger toda a cidade, adquirindo maior histórico de dados de forma a robustecer os modelos preditivos que ajudem a mitigar riscos com a maior antecedência possível.

No caso concreto dos túneis, o sistema montado pode permitir a ligação a um sistema de semáforos e/ou cancelas a acionar a partir de um certo nível de água acumulada no ponto mais baixo do túnel, reduzindo a ocorrência de viaturas presas e submersas nos túneis rodoviárias.