O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que o programa Mais Habitação, criado pelo Governo, representa um apoio para as famílias que atualmente se encontram em “situações de crise” devido ao aumento geral dos preços. E acredita que é preciso que a economia portuguesa cresça para os salários também crescerem.

“O conjunto de medidas que aprovámos ainda no último Conselho de Ministros e em particular a criação de um novo programa de apoio ao arrendamento permanente não só para jovens, mas também para os não jovens que tenham quebra de rendimento, apoiará as famílias em situações de crise”, afirmou no discurso de encerramento do quinto congresso da Tendência Sindical Socialista. Para António Costa o que é “fundamental na política de rendimentos é mesmo o salário e é nos salários que tem que assentar a política de rendimentos”.

O primeiro-ministro afirmou que entende o atual momento económico, mas também referiu que só os aumentos salariais podem garantir uma melhoria da economia e, consequentemente, da vida dos portugueses. “Esta crise inflacionista e esta interrupção do crescimento do rendimento é a maior ameaça que temos à continuação do crescimento da nossa economia. É preciso que a economia cresça para os salários crescerem, mas o crescimento dos salários faz também crescer a economia”, frisou.

Em dia de manifestações, em várias cidades do país, para defender o direito à habitação, António Costa falou também sobre os protestos recorrendo a um tom irónico: “Uma democracia dinâmica, plural, livre, é uma democracia onde a contradição existe, onde os interesses se confrontam, onde as posições divergentes são expressas, onde há aqueles que se manifestam pelo direto à habitação e os que manifestam em defesa do alojamento local”.

“Tanta casa sem gente, tanta gente sem casa”. As imagens da manif pelo direito à habitação em Lisboa

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