É a primeira reação de Inês Sousa Real ao desafio à sua presidência conhecido este sábado. À margem da manifestação contra as políticas de Habitação, em Lisboa, a líder do PAN recusou as críticas que lhe foram feitas sobre o rumo que o partido está a seguir e à falta de capacidade para marcar a agenda política.

“Faz parte das democracias internas a existência da oposição, mas rejeito completamente as acusações de que o PAN seja um partido de nicho. Tem feito a diferença na Assembleia da República e na sociedade. Só demonstra um profundo desconhecimento daquele que tem sido o nosso trabalho”, afirmou Inês Sousa Real, em declarações ao Observador.

Este sábado, Nelson Silva, antigo deputado, ex-dirigente do PAN e assumido crítico de Inês Sousa Real, anunciou publicamente que será candidato à liderança do partido, num congresso que deverá acontecer até junho. Por entre muitas críticas àquilo que diz ser a falta de democracia interna do partido, o cineasta propõe-se a “dar início a uma trajetória de recuperação eleitoral” e alterar o “rumo estratégico do partido”.

Estamos a lutar pela sobrevivência do partido, que se arrisca a desaparecer. A direção atual do partido descaracterizou-o, transformou-o num partido de nicho e de monotema. Vai ser difícil reverter a situação do PAN, mas há tempo para desenvolver o partido e voltar às bases políticas do PAN”, afirmou Nelson Silva ao Observador.

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Para o adversário de Sousa Real, urge dar uma nova voz ao PAN e torná-lo capaz de fazer oposição verdadeiramente efetiva ao Governo socialista. “A geringonça veio enfraquecer a esquerda, mas neste momento nenhum partido à esquerda ou à direita está a fazer oposição. Precisamos todos de ideias frescas. É esse o nosso objetivo”.

Inês Sousa Real tem adversário. Nelson Silva será candidato à liderança do PAN