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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, alertou esta quarta-feira a China para as “implicações profundas” de uma eventual ajuda militar à Rússia na invasão à Ucrânia, considerando que seria um “erro histórico” auxiliar o Kremlin (Presidência russa).

“Os aliados deixaram claro que qualquer ajuda letal [da China] vai ser um erro histórico com implicações profundas”, advertiu o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em conferência de imprensa no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, Bélgica, após uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da aliança com os representantes da Coreia do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia.

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Questionado sobre a advertência que fez, Stoltenberg não especificou que consequências haverá: “Não há necessidade de entrar em detalhes, mas a China sabe o que aconteceria.”

E alongou-se nas críticas à República Popular da China por fazer “eco da propaganda russa” e por “continuar a recusar condenar a agressão brutal” à Ucrânia.

Na ótica do secretário-geral da organização político-militar da qual Portugal e outros 30 países fazem parte, Pequim e Moscovo estão a tentar destabilizar e rearranjar o cenário geopolítico internacional.

“Por isso, é ainda mais importante que continuemos juntos”, sustentou, acrescentando que os atuais 31 Estados-membros da NATO (a entrada da Finlândia foi formalizada na terça-feira) concordaram que “a Suécia tem de se tornar um aliado o quanto antes”.

A Suécia e a Finlândia apresentaram os pedidos de adesão ao mesmo tempo, em maio de 2022, mas Helsínquia acabou por ser admitida em primeiro lugar, dado que as pretensões suecas ainda não receberam o apoio dos Estados-membros Hungria e Turquia.

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No caso da Turquia, o Governo exige que a Suécia deixe de apoiar grupos curdos considerados terroristas por Ancara.

A Finlândia e a Suécia fizeram os pedidos de adesão poucos meses depois do início da ofensiva militar russa na Ucrânia, marcando o fim da sua tradicional política de não-alinhamento militar.

A oficialização da Finlândia como 31.º Estado-membro da NATO ocorreu no primeiro dia da reunião dos chefes da diplomacia da aliança que termina esta quarta-feira em Bruxelas.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).