Terry Jon Martin, residente no Minnesota, foi acusado de roubar um dos quatro pares de sapatos vermelhos que Judy Garland utilizou no filme “O Feiticeiro de Oz”, interpretando a personagem Dorothy. Os sapatos foram roubados em 2005, no Museu Judy Garland, mas o FBI (Federal Bureau of Investigation) só os conseguiu recuperar em 2018, sem encontrar um culpado.

Mas na quarta-feira passada, os procuradores federais da Dakota do Norte informaram que Terry Jon Martin tinha sido acusado pelo roubo de uma obra de arte, segundo o The Guardian. A primeira audiência em tribunal está marcada para dia 1 de junho por vídeo e Terry Van Horn, porta-voz do Departamento de Justiça dos EUA da Dakota do Norte afirmou não poder divulgar mais informações sobre o processo.

Judy Garland usou vários pares de sapatos durante as gravações de “O Feiticeiro de Oz” em 1939, mas restam apenas quatro originais. Os sapatos estavam emprestados ao Museu Judy Garland, no Minnesota, cidade-natal da atriz, quando desapareceram.

Este adereço tornou-se icónico por estar ligado a uma frase que  Dorothy repetia enquanto batia os calcanhares com os sapatos de lantejoulas e contas de vidro vermelhas calçados: “Não há lugar como a nossa casa”.

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Em 2008, Terry Martin terá entrado no museu por uma janela e partido a vitrine onde os sapatos se encontravam. Na altura, estavam avaliados em 1 milhão de dólares (928.425,62 euros) mas, atualmente valem 3.5 milhões de euros (3.250.327,26 euros). Ao longo dos anos houve várias recompensas para quem encontrasse o ladrão, incluindo 1 milhão de dólares oferecido por um doador anónimo do Arizona, mas sem sucesso.

Em 2017, um homem disse à seguradora dos sapatos de Dorothy que podia ajudar na investigação e recuperá-los mas o FBI só os encontrou em julho de 2018 em Minneapolis, sem indícios de um culpado.

Sapatos de Judy Garland em “O Feiticeiro de Oz” recuperados 13 anos após roubo

Segundo o The New York Times, Janie Heitz, diretora executiva do Museu Judy Garland, disse em entrevista que estava a pesquisar o histórico de Terry Martin para descobrir se existia alguma relação com o museu. A acusação expõe a possibilidade de Terry não ter agido sozinho.

Os outros três pares de sapatos pertenciam à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, ao Smithsonian e a um colecionador particular.