Nigel Farage, uma das figuras mais destacadas do movimento que resultou no Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, queixa-se de “perseguição” e de estar a ser “expulso” do país. Através do Twitter, o antigo eurodeputado britânico alega que o banco com quem trabalhava há mais de 40 anos decidiu fechar-lhe as contas, por “razões comerciais”, no que suspeita ser uma consequência de na Câmara dos Comuns um opositor ter acusado Farage de ter recebido dinheiro russo no passado.

“Há alguns meses, na Câmara dos Comuns, o Sir Chris Bryant, preside à Comissão de Privilégios [parlamentares], disse que eu tinha recebido elevadas quantias de dinheiro diretamente do governo russo, e referiu o ano em que isso teria acontecido”, afirma Farage, antes de garantir que “nunca” na sua vida recebeu “um centavo que fosse de qualquer pessoa ou entidade com ligação à Rússia”.

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Farage terá, segundo o próprio, escrito a Sir Chris Bryant “exigindo” que lhe fosse feito um pedido de desculpas. Esse pedido de desculpas não foi feito e isso ocorreu perto da altura em que o banco com o qual trabalha desde os anos 80 – tanto na sua conta pessoal como de empresas que teve – comunicou-lhe a intenção de cessar a relação com Nigel Farage.

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Nigel Farage continuou, no vídeo com mais de seis minutos de duração, que na sua opinião este é um caso de “grave perseguição política”. Nas últimas semanas, Farage terá ido a vários outros bancos para tentar abrir uma conta e foi-lhe recusada essa intenção “sem que tenha sido dada qualquer explicação sobre porque é que isto me está a acontecer”.

“Alguém que não tem uma conta bancária, essencialmente, torna-se uma não-pessoa”, aponta o ex-eurodeputado, deixando um aviso aos seus seguidores: “se aconteceu comigo, pode acontecer consigo”.