3,051 biliões de dólares, cerca de 2,79 biliões de euros. A Apple, que já tinha o título de empresa mais valiosa do mundo, alcançou um novo patamar esta sexta-feira – fechar uma sessão em bolsa com um valor acima dos três biliões (trillions, na numeração norte-americana).
A tecnológica norte-americana é a primeira empresa cotada em bolsa a conseguir manter este valor de mercado até ao final da sessão. Já tinha conseguido chegar aos três trillions duas vezes, mas apenas durante algum tempo.
A primeira vez em que a dona do iPhone conseguiu chegar aos três biliões foi a 3 de janeiro de 2022, mas acabou por terminar a sessão abaixo dessa fasquia.
Esta sexta, a Apple conseguiu despedir-se do primeiro semestre de 2023 com chave de ouro. Os títulos da empresa criada por Steve Jobs subiram 2,3%, alcançando a marca dos 193,97 dólares por ação.
Depois de um ano mais agitado para as gigantes tecnológicas, também devido à subida das taxas de juro, o setor está a recuperar. A Apple tem estado em destaque pelo seu desempenho em bolsa – até este ponto do ano, os títulos já valorizaram quase 49%.
Os analistas referem que este novo marco na história da Apple em Wall Street está ligado à resiliência do iPhone, o produto lançado há 16 anos que continua a ser o motor de receitas da tecnológica.
A Apple foi a primeira das big tech norte-americanas a chegar à marca de um bilião de dólares em bolsa, iniciando o clube das “trillion dollar babies”. Criada em 1976, numa garagem na Califórnia, foram precisos 42 anos para chegar à marca do primeiro bilião, em 2018.
Já o segundo bilião em bolsa foi mais rápido de conquistar. Em 2020, já numa pandemia, a tecnológica alcançou a fasquia dos dois biliões. O terceiro chegou cerca de três anos depois.
O Wall Street Journal fez as contas para perceber como é que a Apple, a empresa mais valiosa do mundo, compara com outras gigantes da bolsa. A Apple vale mais do que as dez maiores empresas norte-americanas: os 3,05 biliões comparam com um valor combinado de 2,86 biliões de dólares.
Este grupo de dez empresas inclui a Exxon Mobil (434 mil milhões de dólares), a Johnson & Johnson (430 mil milhões), a Walmart (423 mil milhões) ou o JPMorgan Chase (425 mil milhões).
A Apple é também a big tech mais valiosa. Com dados desta sexta-feira, a Microsoft valia 2,53 biliões em bolsa, a Alphabet 1,53 biliões e a Amazon 1,34 biliões de dólares. Só a meta é que fica abaixo da fasquia de um bilião de dólares – vales 735,45 mil milhões de dólares.
Fora do segmento das big tech, já houve mais uma empresa norte-americana a chegar à marca do bilião de dólares: a fabricante de semicondutores Nvidia, amparada pela febra da inteligência artificial. A empresa vale 1,04 biliões em bolsa e as ações dispararam 190% este ano.
O entusiasmo com o metaverso esfumou-se para dar lugar à febre da IA?