O médico detido pela Polícia Judiciária (PJ) por “fortes indícios” da prática de crimes de extorsão contra duas mulheres em Avis, distrito de Portalegre, ficou com suspensão de funções por determinação do tribunal, disse esta sexta-feira fonte policial.

A fonte da PJ indicou à agência Lusa que o suspeito foi presente esta sexta-feira ao Tribunal Judicial de Fronteira, também no distrito de Portalegre, para primeiro interrogatório judicial, tendo o tribunal determinado que o homem, de 42 anos, vai ficar igualmente com proibição de contactos e afastamento das áreas das vítimas, Avis e Ponte de Sor.

O homem suspeito de extorsão detido pela PJ em Avis é médico no centro de saúde de Avis e os alegados crimes foram praticados em contexto laboral, revelaram fontes da polícia e da unidade de saúde.

A PJ divulgou esta sexta-feira, em comunicado, a detenção do homem, adiantando que as vítimas são duas mulheres de 26 e 45 anos, “emocionalmente vulneráveis e conhecidas do suspeito”.

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Os atos delituosos decorreram nos últimos dois anos, período durante o qual lhes extorquiu mais de dezenas de milhares de euros, num contexto de ameaças constantes e claro abuso das suas dependências emocionais”, segundo o comunicado.

Contactada pela Lusa, uma fonte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) limitou-se a adiantar que a administração desta entidade teve conhecimento da detenção do clínico através de uma comunicação interna feita pelo diretor do centro de saúde de Avis.

Segundo a mesma fonte, a ULSNA, que gere os centros de saúde do distrito de Portalegre, não tinha recebido, até ao início da tarde de esta sexta-feira, quaisquer informações por parte das entidades judiciais e judiciárias sobre o caso.

Contactada pela Lusa, uma fonte da PJ referiu que o suspeito praticou os crimes de que está indiciado em contexto laboral. A mesma fonte assinalou que a investigação policial apurou, para já, que o suspeito terá extorquido às vítimas cerca de 20 mil euros.

Segundo a fonte da PJ, o homem foi detido na quinta-feira através da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora.