O 531.º dia de guerra na Ucrânia continua a ser marcado pelas operações de resgate na cidade de Pokrovsk, na região de Donetsk, que terminaram durante a tarde. Segundo as autoridades ucranianas, a cidade foi atacada com dois mísseis russos num intervalo de 40 minutos. O último balanço dava conta de sete mortos e 88 feridos. O exército russo admite ter atingido um centro de comando militar ucraniano em Pokrovsk, mas não fala sobre vítimas civis.

Também esta terça-feira, Kiev voltou a repetir a ameaça: os portos russos e os navios no Mar Negro, incluindo os cargueiros que transportem petróleo para a Europa, são alvos legítimos para as tropas ucranianas como parte do esforço para fragilizar os esforço de guerra de Moscovo. Quem o diz é Oleg Ustenko, um conselheiro económico do Presidente ucraniano. Já Volodymyr Zelensky afirma que a Ucrânia vai reagir e “fará o mesmo” que a Rússia quando atacar o território ucraniano em torno do Mar Negro.

Estes são as principais notícias em destaque esta terça-feira:

O que aconteceu durante a noite?

  • Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia vai reagir e “fará o mesmo” que a Rússia quando o país atacar o território ucraniano em torno do Mar Negro. “Se a Rússia continuar a dominar o Mar Negro, fora do seu território, bloqueando ou disparando contra nós, lançando mísseis nos nossos portos, a Ucrânia fará o mesmo”, afirmou.
  • O Serviço de Segurança Nacional da Ucrânia evitou um ciberataque russo ao centro de informação de combate das Forças Armadas ucranianas. Os hackers queriam aceder a “informações sensíveis” sobre a localização das tropas e o seu apoio técnico.
  • A Polónia deteve 16 suspeitos de espionagem a favor da Rússia em operações de contraespionagem realizadas no contexto da invasão russa da Ucrânia
  • As operações de resgate em Pokrovsk foram suspensas. Segundo o último balanço, foram registados sete mortos e 88 feridos.
  • A empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia afirmou que as centrais nucleares ucranianas situadas em território controlado por Kiev estarão totalmente operacionais no inverno.
  • Segundo os serviços de urgência da Ucrânia, a Rússia tem disparado deliberadamente contra as equipas de salvamento e, desde o início da guerra, já matou 78 socorristas e feriu 280.
  • O Presidente ucraniano afirmou que o plano da paz que propôs para acabar com a guerra na Ucrânia pode servir como base para acabar com outras guerras.
  • O Instituto para o Estudo da Guerra avançou que as tropas ucranianas estão a prosseguir na região de Zaporíjia, com operações bem sucedidas na direção de Melitopol, Mala Tokmachka e Robotyne.
  • O líder pró-russo da região de Donetsk avançou que três pessoas morreram e 11 ficaram feridas na sequência de um “intenso bombardeamento” ucraniano.
  • Quatro diplomatas e membros dos serviços secretos de diferentes países ocidentais, que falaram com a CNN internacional, disseram que a contraofensiva ucraniana está a ser “mais lenta e mais difícil” do que os esperado e os relatórios que chegam do terreno são “sóbrios”.

O que aconteceu durante a tarde?

  • Os ataques russos “intensificaram-se” em Zaporíjia. Segundo Yuriy Malashko, um oficial local, a região, anexada pelo Kremlin no ano passado, foi bombardeada pelo menos 105 vezes nas últimas 24 horas.
  • A aguardada contraofensiva ucraniana não está a avançar com a rapidez que Kiev ou o Ocidente desejavam. Uma análise de um think tank sugere que isso se deve ao facto de alguns líderes de países aliados terem sido muito lentos em enviar à Ucrânia tanques, veículos armados e munições necessárias.
  • O Presidente russo assinou um decreto que suspende alguns pontos de acordos para evitar a tributação de 38 países, que descreve como “hostis”. Segundo noticiou a Reuters, estão em causa vários estados que impuseram sanções a Moscovo.
  • O Reino Unido anunciou 25 novas sanções a indivíduos e empresas no Irão, na Turquia, na Bielorrússia, na Eslováquia, na Suíça, nos Estados Árabes Unidos e na própria Rússia. Estas entidades, justifica, contribuem para fornecer às forças russas componentes e armamento usado na guerra contra a Ucrânia.
  • Antes do início do novo ano letivo, a Rússia anunciou que vai lançar um novo manual escolar de História para “transmitir” os objetivos da guerra, que dizem ser a “desmilitarização e a desnazificação” da Ucrânia.
  • Os tanques Abrams dos Estados Unidos devem chegar à Ucrânia “no início do outono”. A informação foi avançada pela deputada ucraniana Kira Rudik na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.

O que aconteceu durante a manhã?

  • A Bielorrússia iniciou exercícios militares perto da fronteira com a Polónia e Lituânia, manobras que aumentam as tensões já elevadas com os países da NATO, desde que mercenários do grupo Wagner estão no país aliado da Rússia.
  • O Presidente Vladimir Putin assinou uma lei que permite fornecer à guarda nacional russa (Rosgvardia) armamento pesado, revelou o Ministério da Defesa do Reino Unido no habitual relatório diário sobre a guerra na Ucrânia.
  • As autoridades ucranianas revelaram que subiu para nove o número de feridos no ataque a Kruglyakivka, na região de Kharkiv. Mantém-se para já o balanço de dois mortes divulgado no dia de ontem.
  • O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) revelou que foi descoberta uma rede de mulheres que colaborava com as forças russas e o grupo Wagner.
  • A administração de Joe Biden vai avançar com um novo pacote militar de 200 milhões de dólares (cerca de 181 milhões de euros) para a Ucrânia. A informação foi divulgado por oficiais norte-americanos à agência Reuters, que noticiou que o apoio deverá ser apresentado ainda esta terça-feira.

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