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O Papa Francisco vai enviar na quarta-feira a Pequim o cardeal Matteo Zuppi, a quem em maio passado encarregou de uma missão de paz em busca de “iniciativas humanitárias” e “caminhos” que favoreçam a paz na Ucrânia.

A missão de Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, decorrerá entre quarta-feira, 13 de setembro, e sexta-feira, dia 15, anunciou esta terça-feira o Vaticano num breve comunicado.

A visita constitui um novo passo na desejada missão do Papa para apoiar medidas humanitárias e procurar caminhos que possam conduzir a uma paz justa” para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, lê-se na nota de imprensa.

A deslocação do cardeal Zuppi segue-se também à polémica desencadeada em agosto por declarações do Papa, numa mensagem enviada a jovens católicos russos enaltecendo a herança da “Grande Mãe Rússia” que indignou as autoridades ucranianas, que o acusaram de legitimar as iniciativas imperialistas passadas e presentes de Moscovo.

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Embora Francisco tenha depois argumentado que se referia apenas à herança cultural russa, Mykhailo Podolyak, o principal conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou na passada sexta-feira que o Papa não poderá mediar o conflito na Ucrânia porque é “pró-russo”.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 18 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.