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Os chefes da diplomacia português e eslovena deslocam-se, na sexta-feira e no sábado, a Israel, Palestina, Jordânia e Egito, para encontros com homólogos e de alto nível visando o “diálogo político” e “relançar a via diplomática” para a paz.

Em comunicado, o Governo adianta que a visita conjunta do ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, e da ministra dos Negócios Estrangeiros e Assuntos Europeus da Eslovénia, Tanja Fajon, pretende “dar continuidade ao diálogo e consultas com atores na região, contribuindo para o diálogo político em curso, indispensável para responder à situação e relançar a via diplomática para a construção de uma paz duradoura e sustentável, ancorada numa solução de dois Estados”.

Os ministros português e eslovena têm um encontro, na sexta-feira, com homólogo de Israel, Eli Cohen, no sul do país, e serão recebidos pelo Presidente israelita, Isaac Herzog, em Telavive.

No mesmo dia, em Ramallah, na Cisjordânia, reúnem-se com o chefe da diplomacia palestiniana, Riyad al-Maliki, e terão um encontro com o primeiro-ministro, Mohammad Shtayyeh.

De acordo com a nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, o dia de sábado será dedicado ao “diálogo sobre a situação atual e as perspetivas de paz na região com dois parceiros regionais de relevo — Jordânia e Egito”.

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Em Amã, os ministros reúnem-se com o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros jordano, Ayman Safadi.

À tarde, já no Egito, João Gomes Cravinho e Tanja Fajon têm reunião prevista com o homólogo, Sameh Shoukry, bem como um encontro de cortesia com o Presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi.

Também no Cairo, os ministros têm um encontro marcado com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, no qual pretendem abordar “a situação atual de uma perspetiva regional”, nomeadamente sobre o papel da organização e à sua cooperação com a União Europeia, “tendo em vista a paz e a estabilidade no Médio Oriente”.

Um ataque de surpresa e de grande dimensão foi lançado, em 7 de outubro, pelo grupo islamita palestiniano Hamas contra Israel, provocando, de acordo com as autoridades israelitas, mais de 1.200 mortos e 240 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A retaliação israelita já matou, segundo o Hamas, mais de 14 mil mortos.

A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.

Israel e Hamas acordaram uma trégua nos combates de quatro dias, que deverá ser anunciada em breve, anunciou quinta-feira o Qatar, um dos mediadores, juntamente com Egito e Estados Unidos.

50 reféns, 150 prisioneiros, quatro dias de pausa, mas os dedos continuam no “gatilho”: o que se sabe sobre o acordo entre Israel e o Hamas

O anúncio de Qatar surge depois de um conselheiro de segurança nacional de Israel ter dito que a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza e o início da trégua, previstos para esta manhã, não acontecerão antes de sexta-feira.