A rede social profissional LinkedIn aumentou os preços dos anúncios em consequência da maior procura por parte das marcas, que estão a deixar a rede social X, de Elon Musk.

Acusações de antissemitismo leva anunciantes a sair (outra vez) do X e deixa CEO sob pressão. Conseguirá Linda Yaccarino “domar” Musk?

Os preços dos anúncios no LinkedIn, que são vendidos em leilão e consequentemente fixados consoante a procura do mercado, aumentaram nalguns casos na ordem dos 30%, segundo especialistas de marketing e publicidade consultados pelo Financial Times. “A maior parte das pessoas passou a usar o LinkedIn no último ano… Há algumas semanas, a maioria dos nossos clientes não usava o X; agora todos deixaram o X”, acrescentou Leesha Anderson, vice-presidente de marketing digital e redes sociais da agência de publicidade Outcast.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em novembro, Elon Musk terá dito a marcas como a Apple e a Disney, que abandonaram o X na sequência de uma polémica sobre antissemitismo, para “se irem f***”.

Elon Musk insulta e acusa anunciantes de “chantagem”: “Este boicote de publicidade vai matar a empresa”

O “antigo” LinkedIn, dedicado essencialmente à procura de emprego e à criação de redes de contactos profissionais, tem-se tornado cada vez mais interativo, com um feed onde se partilham conselhos de carreira, ensaios e outros conteúdos profissionais.

Apesar de ter registado um crescimento de cerca de 10,1%, de acordo com estimativas divulgadas pelo Financial Times, o LinkedIn representa apenas 1,5% das receitas com publicidade digital nos EUA, segundo com a Insider Intelligence. As duas maiores rivais, Google e Meta, representam 27% e 21%, respetivamente.

Comparativamente às rivais, o LinkedIn apresenta também custos de anúncio mais elevados. A agência Kite Factory indicou que a maioria das campanhas custava entre 17 e 25 dólares por 1000 impressões, em comparação com as taxas abaixo de 12,50 dólares encontradas no X.

Ainda assim, dados do LinkedIn de abril revelam um crescimento anual de 11% de membros com funções de nível “c” nas empresas (o que significa que desempenham cargos de direção ou administração, sendo quadros superiores). O vice-presidente de soluções de marketing da plataforma acredita que a segmentação única, fornecida através do historial profissional dos utilizadores, poderá estar na origem do aumento da procura por parte das marcas.