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O número de mortos em dois ataques que aconteceram na província do Sistão-Baluchistão, no sul do Irão, subiu para 20, incluindo cinco membros das forças de segurança, num alegado ataque terrorista contra uma esquadra da polícia no sul do Irão, noticiou esta quinta-feira a imprensa local.

O balanço anterior realizado pelas autoridades iranianas indicava que 13 pessoas haviam morrido nos dois atentados.

Os confrontos começaram ainda na noite de quarta-feira, quando homens armados atacaram instalações da Guarda Revolucionária iraniana nas cidades de Rask e Chabahar, informou a agência de notícias estatal iraniana IRNA.

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Os confrontos causaram cinco mortos — três polícias e dois membros da Guarda Revolucionária — e dez feridos entre as forças de segurança, assim como 15 mortos entre os agressores.

O vice-chefe da esquadra e dois outros agentes de segurança morreram “após o ataque do grupo terrorista Jaish al-Adl à esquadra número 11 da cidade de Chabahar”, acrescentou.

Em janeiro, o Irão lançou ataques aéreos contra o Baluchistão, uma província no sudoeste do vizinho Paquistão, visando o que Teerão disse serem esconderijos do grupo armado sunita anti-iraniano Jaish al-Adl (Exército da Justiça), causando a morte de duas crianças.

Irão ataca bases do grupo militante Jaish al-Adl no Paquistão. Islamabad diz que morreram duas crianças

Em resposta, o Paquistão chamou o embaixador em Teerão e lançou ataques aéreos contra os alegados esconderijos de grupos separatistas do Baluchistão no interior do Irão, na província de Sistão, matando pelo menos nove pessoas.

Pelo menos nove mortos no Irão em ataque do Paquistão, informou televisão estatal iraniana

A tensão entre o Paquistão e o Irão acabou por ser atenuada depois de os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países se terem encontrado e prometido trabalhar em conjunto para melhorar a cooperação em matéria de segurança.

O grupo Jaish al-Adl, formado por separatistas da etnia baluch, uma minoria de cerca de 10 milhões de pessoas espalhadas pelo Irão, Paquistão e Afeganistão, assumiu a responsabilidade pelos ataques através da plataforma de mensagens Telegram.

Procura a independência da província de Sistão, que tem uma população maioritariamente sunita e onde operam grupos fundamentalistas que se opõem ao Governo xiita de Teerão.

A região, uma das menos desenvolvidas do Irão, serve também de base a grupos de contrabandistas e traficantes de droga, que aproveitam a porosa fronteira entre o Irão e o Paquistão.

O Jaish al-Adl, que Teerão considera uma organização terrorista, reivindicou a responsabilidade pelo ataque em que morreram 11 agentes da polícia, também na cidade de Rask, em dezembro, entre outros ataques nos últimos anos.