“Demonstrando o nosso compromisso coletivo de fortalecer a cooperação regional e internacional rumo a um Indo-Pacífico livre e aberto, as nossas forças de defesa e exércitos combinados realizarão uma atividade de cooperação marítima na Zona Económica Exclusiva das Filipinas”, disseram os quatro países.

O comunicado recordou que o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia deu em 2016 razão a Manila sobre a soberania de várias ilhas e atóis nestas águas, uma decisão que as autoridades chinesas se recusaram a cumprir.

O ministro da Defesa do Japão defendeu que a questão do mar do Sul da China “está diretamente relacionada com a paz e a estabilidade da região e é uma preocupação legítima da comunidade internacional”.

“O Japão opõe-se a quaisquer mudanças unilaterais ao status quo pela força, quaisquer tentativas, bem como quaisquer ações que aumentem as tensões no mar do Sul da China”, acrescentou Minoru Kihara, citado no comunicado.

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O exercício vai decorrer poucos dias antes de uma cimeira que irá reunir em Washington o Presidente dos EUA, Joe Biden, e os líderes das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr, e do Japão, Fumio Kishida.

No início da semana, o navio de guerra australiano HMAS Warramunga chegou à província filipina de Palawan, perto da zona marítima disputada.

As tensões regionais intensificaram-se no ano passado, com a China a afirmar de forma mais assertiva a alegada soberania sobre áreas marítimas também reivindicadas pelas Filipinas, Japão e Taiwan.

Em resposta, os Estados Unidos procuraram reforçar as suas alianças na região, particularmente com os seus aliados tradicionais, o Japão e as Filipinas.

Além das Filipinas e da China, o Vietname, a Malásia, Taiwan e Brunei reivindicam parte deste mar estratégico, através do qual flui 30% do comércio mundial e que alberga 12% dos navios pesqueiros mundiais, bem como depósitos de petróleo e gás.