Marcelo Rebelo de Sousa desvaloriza os avisos que vão surgindo, a partir do próprio Governo, sobre uma eventual crise política se o próximo Orçamento do Estado vier a ser chumbado. Confrontado com as declarações de Manuel Castro Almeida, ministro adjunto e da Coesão Territorial, que alertou para os riscos de novas eleições antecipadas se um chumbo orçamental se concretizar, o Presidente da República tentou apontar noutro sentido. “Não me pronuncio sobre questões partidárias, em tempo eleitoral. Muita água vai correr debaixo da ponte e acho que não está a correr nesse sentido, mas noutro sentido.”

Em declarações ao Observador, à margem de uma visita especial à redação a propósito do novo álbum de João Gil, que contou também com a presença do cardeal Américo Aguiar, o Presidente da República escusou-se a fazer grandes comentários sobre o atual momento político, mas não escondeu aquilo que deseja para o país: estabilidade.

[Já saiu o primeiro episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui.]

Sobre se acredita que o Governo vai ter um prazo mais alargado de vida, Marcelo não escondeu a sua preferência. “É aquilo que desejo. Aquilo que desejo é que seja estável. Além de desejar, se quer que lhe diga, acho que a água pode correr nesse sentido. Vamos ver.”

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Marcelo Rebelo de Sousa falou ainda sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, cujo anúncio oficial será feito esta noite por Luís Montenegro. Sem se antecipar ao Governo, o Presidente da República não deixou de notar como era importante que se tomasse uma decisão rapidamente. “Haver uma decisão é decisivo. E quanto mais rápido, melhor.”

[Ouça aqui as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa ao Observador na íntegra]

Presidente da República sobre eventual queda do Governo. “Aquilo que desejo é que seja estável”