O antigo secretário de Estado Adjunto e da Saúde António Lacerda Sales pediu para adiar a sua audição na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma, confirmou esta terça-feira à Lusa o presidente da comissão.
De acordo com Rui Paulo Sousa, Lacerda Sales alegou motivos profissionais para não estar presente na audição que estava agendada para quinta-feira, às 14h00.
À agência Lusa, o também deputado do Chega disse que o seu grupo parlamentar pediu que o antigo governante fosse ouvido no dia 17 de junho.
“É o primeiro dia que ele demonstrou disponibilidade”, adiantou, acrescentando que a data ficará definida esta tarde, pelas 17h00, durante a reunião da comissão de inquérito.
[Já saiu o quarto episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui o primeiro episódio, aqui o segundo episódio e aqui o terceiro episódio]
André Ventura já reagiu ao adiamento: acredita que houve “pressões do PS, ou do PSD, mas sobretudo do PS para adiar esta audição”.
“A data tinha sido acordada com o próprio António Lacerda Sales”, afirma o líder do Chega, acrescentando que “honestamente” não acredita na justificação dos constrangimentos profissionais. “Houve uma conversa muito pouco tempo antes e esses constrangimentos não existiam, foram dadas várias hipóteses e foi a data que ficou em acordo, portanto só posso pensar que houve pressão por estarmos, eventualmente em campanha eleitoral, por parte do PS e da sua máquina de comunicação, da sua direção, do seu secretariado, para evitar que acontecesse”, argumenta o presidente do Chega.