A adesão dos guardas prisionais à greve de 30 dias na cadeia de Linhó que teve início esta terça-feira foi quase total, estando assegurados os serviços mínimos, segundo o presidente de um dos sindicatos do setor.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), na greve que teve início às 00h00 desta terça-feira e se prolonga até às 23h59 de 31 de julho, apenas um dos guardas do turno desta terça-feira não fez greve.

A cadeia de Linhó (Sintra) tem um efetivo de cerca de 120 guardas prisionais, sendo cada turno composto por 45 a 50 operacionais.

A greve pretende denunciar a “contínua falta de condições de segurança” naquela cadeia, “como comprovam as 10 agressões a guardas desde o início do ano”, refere o SNCGP num comunicado sobre a greve.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O SNCGP apresentou também um pré-aviso de greve no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), com início às 00h00 de quarta-feira e até às 23h59 de 31 de julho, “contra o processo catastrófico de encerramento” daquela cadeia (decidido pelo anterior Governo), “contra a continua falta de segurança” e contra a “violação dos serviços mínimos na greve anterior”.

O presidente do SNCGP, Frederico Morais, disse esta terça-feira à Lusa que em ambas as greves serão assegurados os serviços mínimos prestados aos reclusos.

Frederico Morais disse que apesar da greve de quase um mês, serão salvaguardados os serviços mínimos, estando os reclusos fechados nas celas 22 horas, mas podendo sair duas horas para o recreio.

Ficarão ainda assegurados os serviços de alimentação, higiene, saúde e todas as diligências relacionadas com a liberdade e direitos dos reclusos, como as idas a tribunal e relacionadas com as medidas de coação, bem como consultas no exterior desde que comprovadas.