O parlamento elegeu na sexta-feira o novo elemento efetivo designado pelo CDS, Diana Gonçalves Vale, para a Comissão Nacional de Eleições (CNE), depois de o primeiro indicado ser incompatível com o exercício de funções naquele órgão.

De acordo com o resultado esta quarta-feira anunciado pela mesa da Assembleia da República, Diana Gonçalves Vale obteve 123 votos a favor, 42 brancos e sete nulos. Como suplente, o CDS-PP indicou André Rodrigues Barbosa.

No passado dia 19 de junho, Pedro Morais Soares, indicado pelo CDS, integrou uma lista de candidatos à CNE, juntamente com outros elementos de forças políticas com representação parlamentar.

Segundo fonte parlamentar, só quando a votação já estava em curso na Assembleia da República o CDS-PP detetou que o membro designado pelo partido estava incompatível com o exercício de funções na CNE por ser autarca. Pedro Morais Soares, jurista, é atualmente presidente da União de Freguesias de Cascais e do Estoril e foi deputado pelo CDS entre 2019 e 2022.

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Face a esta situação de incompatibilidade, o CDS, logo na semana seguinte, retirou o nome de Pedro Morais Soares da lista de candidatos à CNE, substituindo-o como efetivo por Diana Gonçalves Vale.

No dia 19 de junho, a Assembleia da República elegeu os novos representantes, um por cada grupo parlamentar, para a CNE, com 206 votos a favor, 12 brancos e quatro nulos.

Para a CNE, o PS voltou a indicar Fernando Anastácio — atual porta-voz —, o PSD escolheu a ex-deputada Teresa Leal Coelho, o Chega voltou a indicar Fernando Silva, a IL repetiu a indicação de Frederico Nunes, o PCP insistiu em José Rosa de Almeida, membro da comissão há mais de 20 anos, o BE repetiu o nome de Gustavo Behr, e o Livre propôs André Wemans.