O Presidente dos EUA, Joe Biden, vai intensificar a sua agenda de campanha para a reeleição, com várias iniciativas nos estados de Wisconsin e Pensilvânia, depois do mau desempenho no debate televisivo contra o republicano Donald Trump.

Esta sexta-feira, a equipa de campanha de Biden anunciou num comunicado o lançamento de uma campanha “agressiva e direcionada” para chegar aos eleitores em “estados disputados que decidirão esta eleição”.

Neste fim de semana, Biden viajará para Wisconsin e Pensilvânia — estados que fazem parte da chamada ‘parede azul’ (a cor dos democratas) dos Estados Unidos, e que inclui ainda o Michigan — para tentar recuperar terreno, numa altura em que as sondagens indicam que está em queda de popularidade.

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Apesar destas indicações negativas, o Partido Democrata anunciou que bateu um recorde de arrecadação de fundos de 127 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de euros) em junho, vantagem que aproveitará para “novos esforços no campo da organização e mobilização”.

Durante a Convenção Nacional Republicana — onde Trump deverá aceitar a nomeação e que terá lugar em Milwaukee, Wisconsin, dentro de duas semanas — os democratas vão aproveitar a ocasião para iniciativas de campanha contra “o ódio e o extremismo”.

Biden também começará a aumentar o ritmo de entrevistas, incluindo uma que irá ser difundida já esta noite, ao jornalista George Stephanopoulos, na rede televisiva ABC.

Após uma viagem a Wisconsin e Pensilvânia neste fim de semana, o Presidente Biden regressará a Washington para a cimeira da NATO na próxima semana.

Nessa cimeira, Biden fará um discurso de abertura e participará numa conferência de imprensa, antes de regressar a ações de campanha no sudoeste dos Estados Unidos, focada em envolver os eleitores negros e latinos.

Durante as celebrações do Dia da Independência, na quinta-feira, 4 de julho, Biden respondeu àqueles que lhe pediam para permanecer na corrida com um retumbante “Não vou a lugar nenhum“.

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Há vários dias que o Presidente tem vindo a responder, de forma privada e pública, a perguntas sobre se conseguirá enfrentar um segundo mandato aos 81 anos e se está em condições de derrotar Trump.

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O seu fraco desempenho no debate da semana passada contra Trump gerou especulações sobre se ele deveria ser substituído antes da convenção democrata, em agosto.

Biden confessou numa reunião, esta quarta-feira, com governadores democratas na Casa Branca, que tem de dormir mais e que evitará organizar eventos depois das 20h00 (o debate contra Trump iniciou-se às 21h00).