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A ministra da Saúde reconheceu esta sexta-feira que a resposta na área da saúde mental está “muito longe” das necessidades e disse que quando o Governo tomou posse estava executado apenas 5% do previsto no Plano de Recuperação e Resiliência.

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Em declarações aos jornalistas à saída do IX Encontro Nacional das famílias de pessoas com experiência em doença mental, que decorre esta sexta-feira no Centro de Congressos de Lisboa, Ana Paula Martins disse que o “foco total” do Governo é conseguir executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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O PRR tem uma linha de financiamento muito importante para garantir que conseguimos avançar, não só naquilo que é o número de lugares em cuidados continuados, mas também (…) naquilo que tem que ver com as equipas comunitárias”, disse a ministra, quando confrontada com a falta de vagas na área da saúde mental.

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Durante o encontro, a presidente da FamiliarMente  — Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas com Experiência de Doença Mental, Joaquina Castelão, disse que a nível nacional havia apenas 1.500 lugares nesta área, quando seriam necessários entre 40.000 a 50.000.

A responsável apontou o fraco financiamento na área dos cuidados continuados e disse que a comparticipação financeira da parte das famílias muitas vezes impede o acesso às poucas respostas que existem.

Joaquina Castelão pediu ainda mais equipas comunitárias na área da saúde mental, lembrando que as 10 que estavam previstas em 2023 não foram criadas.

Questionada sobre as necessidades na área da saúde mental, a ministra da Saúde disse que o propósito do Governo é “conseguir executar o PRR na sua máxima extensão” e dotar os próximos orçamentos com “aquilo que é preciso para que o programa, que está agora a meio, se consiga concretizar”.

A ministra da Saúde foi igualmente questionada sobre o recuo de Vítor Almeida, que tinha sido nomeado para a presidência do INEM e aceitado o cargo, mas remeteu para o comunicado divulgado ao iníquo da manhã desta sexta-feira.

Nessa nota, o Ministério da Saúde explica que “nos contactos com a tutela durante a última semana”, o médico anestesista Vítor Almeida “concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto atual do instituto”.

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Vítor Almeida tinha sido nomeado no dia 4 de julho para a presidência do INEM, depois de Luís Meira se ter demitido do cargo na sequência da polémica com o concurso dos helicópteros de emergência médica.

A nota refere ainda que, perante o recuo de Vítor Almeida, foi nomeado o médico Sérgio Agostinho Dias Janeiro, em regime de substituição por 60 dias, por vacatura do cargo.

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Sérgio Dias Janeiro é médico especialista em Medicina Interna e, atualmente, diretor do Serviço de Medicina Interna do Hospital das Forças Armadas, onde, de 2022 a 2023, ocupou o cargo de diretor Clínico do Serviço de Urgência.