Olá

Olá, aqui vão erros.

830kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

"Não falhes o Trump da próxima vez". Banda de Jack Black cancela tour depois de críticas a piada sobre ataque a Trump

O duo Tenacious D atuava em Sydney quando Glass, parceiro musical de Black, fez uma piada sobre ataque a Trump. As redes sociais atacaram a banda e um senador australiano chegou a pedir a deportação.

GettyImages-1664791401
i

O duo tinha um novo concerto na Austrália para esta terça-feira, que foi adiado por tempo indeterminado

Getty Images

O duo tinha um novo concerto na Austrália para esta terça-feira, que foi adiado por tempo indeterminado

Getty Images

Siga aqui o liveblog sobre a situação política nos Estados Unidos

O ator Jack Black anunciou o fim da tour da sua banda Tenacious D, depois das declarações do colega Kyle Glass durante um concerto no domingo. “Não falhes o Trump da próxima vez”, afirmou. A piada de Glass foi uma referência à tentativa de assassinato de Donald Trump, no dia anterior.

O duo de rock cómico estava a realizar uma tour pela Austrália e encontrava-se em Sydney durante o aniversário de Glass. No concerto, Jack Black cantou-lhe os parabéns, em coro com a plateia, surpreendendo o parceiro com um bolo. Na hora de Glass soprar velas, Black disse-lhe que “pedisse um desejo”. Ao que Glass respondeu de forma animada: “Não falhes o Trump da próxima vez”.

O momento foi capturado por um fã e partilhado várias vezes nas redes sociais, num vídeo em que é possível ouvir a plateia a rir e a aplaudir a piada, apesar de alguns sons de choque ou protesto. A declaração de Glass foi feita menos de um dia depois da tentativa de assassinato de Donald Trump, que sofreu um tiro na orelha.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Trump foi alvejado, atirador abatido e há dúvidas sobre falha de segurança. O que se sabe e o que falta saber sobre o ataque?

As respostas de figuras públicas australianas não foram tão positivas como as dos fãs. “Os Tenacious D devem ser deportados imediatamente”, declarou o senador Ralph Babet, apoiante de Trump, em comunicado. Babet disse que “defender e ou desejar o assassinato de um Presidente é flagrante, nojento, sujo, cruel e inaceitável em todas as suas formas”.

“Isto não foi uma piada, ele estava totalmente a falar a sério quando desejou a morte a um Presidente”, acrescentou, apelando ao primeiro-ministro australiano que deporte os músicos ou estará igualmente a apoiar uma tentativa de assassinato.

A piada foi igualmente condenada pelo locutor da rádio KIIS, uma das rádios mais ouvidas na Austrália. Kyle Sandilands, que já convidou os Tenacious D para o seu programa, declarou que nunca voltaria a fazê-lo. “Independentemente se gostas ou não de alguém, promover a morte de alguém é a pior coisa que eu já ouvi na minha vida”, argumentou.

Face às críticas dos australianos e às condenações que se multiplicaram nas redes sociais — principalmente da direita norte-americana — o duo apressou-se a comentar em situação, em dois comunicados separados.

“Fui apanhado de surpresa pelo que foi dito no concerto de domingo. Nunca apoiaria discurso de ódio ou encorajaria violência política”, escreveu Jack Black nas suas redes sociais esta terça-feira.

O ator anunciou ainda que “depois de muita reflexão”, já não sentia “que era apropriado” continuar a tour, afirmando que todos os projetos futuros dos Tenacious D foram postos em pausa. “Agradeço aos fãs pelo seu apoio e compreensão”, concluiu Black na breve mensagem. A banda tinha um concerto marcado para New South Wales, também na Austrália, para esta terça-feira, que a organização declarou que tinha sido “adiado”.

Já Kyle Glass confirmou que a piada tinha sido um improviso da sua parte. “A frase que improvisei foi um erro inapropriado, perigoso e terrível. Não apoio nenhuma forma de violência, contra ninguém”.

O que aconteceu foi uma tragédia e lamento imenso a minha falta grave de discernimento. Pelo imensas desculpas àqueles que desiludi e arrependo-me realmente de qualquer dor que tenha causado” escreveu Glass, também no Instagram.

O passado anti-Trump dos Tenacious D

Apesar dos pedidos desculpas pela piada considerada excessiva, o duo — e mais visivelmente Jack Black — sempre se assumiram como críticos do ex-Presidente Donald Trump. Em 2022, o ator uniu esforços com uma organização não-governamental para apelar aos jovens que se inscrevessem para votar nas eleições intercalares, como forma de combater a “onda vermelha”, referente ao crescimento do partido republicano.

“[A campanha de Trump] vai ser assustadora. Mas o que é ainda mais perturbador são as pessoas que o apoiam (…) Não o vejo como a fonte de todo este ódio. Vejo-o a saber utilizar todo este ódio que já existe”, argumentava Black, numa entrevista ao The Hill.

A possível reeleição de Trump é uma ameaça “que está sempre à espreita”, alertou à data.

Em janeiro de 2017, os Tenacious D fizeram parte do “baile anti-inagural“, um evento de protesto que reuniu vários artistas críticos de Trump em concerto, no mesmo dia em que este tomava posse como Presidente. Neste evento, o duo escolheu cantar a sua canção de 2006 The Government Totally Sucks (O governo não presta mesmo, em português). Em palco, Black declarou que voltava a fazer sentido cantar aquela música.

Por oposição, Black tem sido um apoiante vocal de Joe Biden. No mês passado, o ator discursou numa campanha de angariação de fundos para o recandidato à presidência, depois de em 2020, já ter apoiado publicamente a campanha dos democratas.

“Eu tinha de estar aqui, o meu Presidente precisava de mim. Porque quando a democracia está em risco, Jack Black responde ao chamamento! Sr. Presidente, de nada”, declarou Black, nesta intervenção cómica.

*Editado por Cátia Andrea Costa

 
Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Já é assinante?
Apoio a cliente

Para continuar a ler assine o Observador
Apoie o jornalismo independente desde 0,18€/ dia
Ver planos
Já é assinante?
Apoio a cliente

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Apoie o jornalismo. Leia sem limites. Apoie o jornalismo. Leia sem limites.
Desde 0,18€/dia
Apoie o jornalismo. Leia sem limites.
Apoie o jornalismo. Leia sem limites. Desde 0,18€/dia
Em tempos de incerteza e mudanças rápidas, é essencial estar bem informado. Não deixe que as notícias passem ao seu lado – assine agora e tenha acesso ilimitado às histórias que moldam o nosso País.
Ver ofertas