Os republicanos mantêm a pressão sobre a diretora do Serviço Secreto do EUA para que se demita, com os congressistas a agendarem para segunda-feira uma audição parlamentar a Kimberly Cheatle, avançou a BBC. Para o presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Mike Johnson, esta audiência será “imperdível” para os norte-americanos preocupados com as falhas de segurança no comício na Pensilvânia, onde Donald Trump foi alvo de uma tentativa de assassinato.

“Ela tem muito que responder. E estas preocupações são bipartidárias”, disse Mike Johnson à CNN no domingo (antes do anúncio da desistência de Biden na corrida à Casa Branca), uma vez que o Serviço Secreto é responsável não só pela proteção do atual Presidente e da sua família como também de ex-Presidentes e candidatos políticos.

Segundo os meios de comunicação social norte-americanos, nos últimos meses, Donald Trump pediu segurança adicional, no entanto, o Serviço Secreto terá recusado o pedido devido a falta de pessoal. “Em alguns casos em que unidades ou recursos especializados específicos do Serviço Secreto não foram fornecidos, a agência fez modificações”, avançou o porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, em comunicado, acrescentando que essas modificações incluem confiar nas forças policiais estaduais e locais.

Na mesma linha dos republicanos que pedem a demissão de Kimberly Cheatle, o filho de Trump, Eric, argumentou no domingo que a diretora do Serviço Secreto”deveria estar desempregada”, dizendo que ninguém se responsabiliza pelas ações da agência.

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Diretora do Serviço Secreto dos EUA admite que ataque contra Trump foi “inaceitável” e reconhece responsabilidade por investigar a fundo

No entanto, na segunda-feira depois do ataque, a diretora do Serviço Secreto dos EUA declarou que o atentado contra a vida de Donald Trump foi “inaceitável” e “não pode acontecer de novo”, assumindo a responsabilidade pela falha.

“A responsabilidade acaba em mim”, disse. “Sou a diretora do Serviço Secreto e tenho de garantir que fazemos uma revisão e que damos os recursos necessários ao nosso pessoal.”

“Obviamente, foi uma situação que, enquanto agente do Serviço Secreto, ninguém quer que aconteça na sua carreira”, disse ainda.