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O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, acusou esta terça-feira a administração norte-americana, liderada por Joe Biden e Kamala Harris, de falhas na sua proteção durante o atentado em que ficou ferido numa orelha.

“A administração Biden/Harris não me protegeu adequadamente e fui forçado a levar um tiro pela democracia. Foi uma honra fazê-lo”, declarou Trump na sua rede social, a Truth Social, no dia da demissão da diretora dos Serviços Secretos, Kimberly Cheatle, por falhas de segurança no ataque a tiro durante um comício do político republicano em 13 de julho na Pensilvânia.

Diretora do Serviço Secreto norte-americano apresenta demissão após falhanço na segurança de Trump

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A responsável dos Serviços Secretos esteve sob enorme pressão política depois de ter admitido na segunda-feira perante uma comissão do Congresso norte-americano que a tentativa de assassinato de Trump foi o “maior fracasso operacional” da agência em décadas.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu esta terça-feira “chegar ao fundo” na investigação à tentativa de assassinato do republicano Donald Trump, no seguimento da demissão da diretora dos Serviços Secretos.

A revisão independente para chegar ao fundo do que aconteceu em 13 de julho continua e estou ansioso por avaliar as suas conclusões. Todos sabemos que o que aconteceu nesse dia nunca mais acontecerá. À medida que avançamos, desejo a Kim tudo de bom e planearemos nomear um novo diretor em breve”, disse o Presidente em comunicado.

Kimberly Cheatle assumiu “total responsabilidade” pela falha de segurança da sua agência e disse estar a cooperar com as investigações em curso sobre o ataque a tiro contra o candidato presidencial republicano, enquanto participava num comício em Butler no âmbito das presidenciais de 5 de novembro.

O atirador subiu a um telhado a cerca de 140 metros do ex-presidente norte-americano, embora fora do perímetro de segurança.

O ataque a Donald Trump imagem a imagem, segundo a segundo

Dois minutos antes do tiroteio, testemunhas tinham alertado para a presença suspeita do agressor, Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos cujos motivos são ainda desconhecidos.

Um participante no comício foi morto e dois outros ficaram feridos, antes de Crooks ser abatido no local pelos Serviços Secretos.

O mapa que explica o que aconteceu no atentado contra Donald Trump

Durante a audição na segunda-feira, os republicanos protestaram contra a recusa de Cheatle em responder à maioria das suas perguntas, alegando que existem várias investigações em curso com as quais os Serviços Secretos estão a colaborar para esclarecer o que falhou na operação.

Um atirador num telhado e os avisos ignorados. Os primeiros dados sobre os disparos que atingiram Trump

O Departamento de Segurança Interna, do qual dependem os Serviços Secretos, anunciou no domingo o início, por ordem de Joe Biden, de uma investigação independente sobre ameaças a membros de ambos os partidos, que deverá estar concluída no prazo de 45 dias.

Investigação independente ao ataque a Trump e reavaliação do dispositivo de segurança: as medidas anunciadas por Biden

No domingo, os jornais The Washington Post e The New York Times informaram que altos funcionários dos Serviços Secretos norte-americanos negaram repetidamente pedidos de mais recursos e pessoal para a segurança de Donald Trump nos dois anos anteriores à sua tentativa de assassinato.

Este caso surge num momento de grande agitação política nos Estados Unidos, em resultado da desistência de Biden à corrida para a Casa Branca, anunciada no domingo, e a declaração de apoio à sua vice-Presidente, que já assumiu a candidatura contra Trump.

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