Desta foi de vez e a extrema-direita europeia entendeu-se para criar um novo grupo no Parlamento Europeu. O principal impulsionador foi a Frente Nacional, partido francês liderado pela eurodeputada Marine Le Pen, e vai agregar forças como o Partido para a Liberdade holandês (PVV), do Partido da Liberdade austríaco (FPÖ), da Liga Norte italiana e do Vlaams Belang flamengo (Bélgica).

Em 2014, Le Pen já tinha tentado a aproximação destas forças logo após as eleições europeias e de muitos destes partidos terem visto aumentar o número de eurodeputados eleitos. Os requisitos básicos para a constituição de um grupo político no Parlamento Europeu são reunir 25 deputados de sete países diferentes, sendo que a formação de um grupo é importante já que se tem acesso a mais financiamento, mais tempo de palavra e à redação de relatórios importantes .

Para já, o novo grupo que só será apresentado na terça-feira por Le Pen parece contar apenas com cinco nacionalidade – franceses, belgas, holandeses, austríacos e italianos -, mas segundo a agência France Press, fontes da Frente Nacional indicam que há mais duas nacionalidades que já estão asseguradas para validar este grupo. Pode tratar-se de eurodeputados que desertaram os seus partidos e agora se apresentam como independentes ou de outros partidos de extrema-direita presentes no hemiciclo de Estrasburgo.

Em junho de 2014, foi Geert Wilders, líder do Partido da Liberdade holandês, que impediu esta formação alegando que associar-se ao partido Congresso da Nova Direita da Polónia seria “ir demasiado longe”. Janusz Korwin-Mikke, líder deste partido polaco, é conhecido por ter feito comentários anti-semitas e ter dito que as mulheres não deveriam votar. A imprensa holandesa deu conta durante a semana passada que Wilders poderia estar a mudar-se para Bruxelas, já que apesar de ter sido eleito eurodeputado, preferiu manter-se como deputado no parlamento holandês, indicando assim algum avanço nas negociações com as restantes forças da extrema-direita.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR