O Observador republica este domingo a entrevista que o bispo de Leiria-Fátima deu há um ano ao jornal
Quando terminou o curso de teologia e se tornou padre, António Marto regressou de Roma transformado num “racionalista” e estava longe de imaginar que se viria a tornar bispo de Fátima, um fenómeno de “piedade popular” que olhava com indiferença e desdém. Com um doutoramento em teologia no currículo, fazia parte daquilo que hoje admite ser “uma espécie de cultura de elites, que olha com desprezo para o que é do povo”. Em casa, já padre, recusava rezar o terço com a família, criticava as procissões e as peregrinações e desvalorizava todas as expressões populares da fé, o que ofendia profundamente o seu pai.
Foi precisamente o pai, um homem simples e sem estudos que preferia um filho militar a um padre, que lhe abriu os olhos quando, um dia, se quis confessar ao seu próprio filho. Na confissão do pai, António Marto descobriu a “autenticidade da fé simples daquele homem” que não tinha até ali. E converteu-se. Mais tarde, veio a conversão ao próprio fenómeno de Fátima, depois de ler três vezes as Memórias da Irmã Lúcia e ter ficado “impressionado pela seriedade do que tratava a mensagem”. Hoje, é o bispo da diocese de Leiria-Fátima e vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
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