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Ilustração de Luis Grañena
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Ilustração de Luis Grañena

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Confirmação de juíza foi primeira vitória para Trump num dia em que os dois candidatos fizeram campanha na Pensilvânia

Tudo o que tem de saber sobre o que se passa na campanha dos EUA. Amy Coney Barrett foi formalmente nomeada para o Supremo. Trump e Biden andaram em campanha no mesmo estado.

Todos os dias fazemos-lhe um resumo do que se está a passar na campanha eleitoral nos Estados Unidos: as principais histórias do dia, as frases descodificadas, fact checks e recomendações de leitura para estar sempre bem informado até à eleição do próximo Presidente.

O que se passa na campanha

A juíza Amy Coney Barrett foi oficialmente confirmada para o Supremo Tribunal norte-americana. É uma primeira vitória para Donald Trump — e o Partido Democrata opôs-se de forma contundente. A tomada de posse ocorreu à noite, depois de um dia em que os dois candidatos andaram pela Pensilvânia: Trump fez três comícios, Biden fez uma discreta visita surpresa.

1A primeira vitória de Trump: juíza Amy Coney Barrett tomou posse

A segunda-feira ficou marcada pela confirmação formal da juíza Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal norte-americano. A nomeação da conservadora para o mais importante tribunal dos EUA (que fica agora com seis juízes conservadores para três liberais) é uma vitória para Donald Trump, numa altura em que falta uma semana para a eleição — e em que as sondagens o continuam a colocar consideravelmente atrás de Joe Biden e com menor probabilidade de ser reeleito.

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Pela primeira vez em 151 anos, um juiz foi nomeado para o Supremo Tribunal sem o apoio de qualquer membro da bancada minoritária do Senado, escreve o The New York Times, assinalando que esse facto evidencia a profunda divisão partidária que tomou conta das nomeações para aquele tribunal.

Juíza Amy Coney Barrett, escolhida por Trump a um mês da eleição, oficialmente confirmada no Supremo dos EUA

A escolha de Amy Coney Barrett para ocupar o lugar deixado vago pela morte, em setembro, da liberal Ruth Bader Ginsburg tornou-se uma das histórias centrais da campanha. Trump escolheu uma juíza conservadora a poucas semanas da eleição e desequilibrou ainda mais a tendência ideológica do Supremo numa altura em que pode tirar benefícios eleitorais dessa escolha: não só agradando ao eleitorado conservador (assuntos como o aborto, a posse de armas ou os direitos LGBT são decisivos na política norte-americana e o Supremo tem um papel determinante na interpretação da Constituição), mas também assegurando mais um juiz que lhe é favorável nos dias subsequentes à eleição, momento em que poderão surgir casos judiciais relativos aos resultados eleitorais. Amy Coney Barrett não deixou a garantia explícita de que pediria escusa caso fosse confrontada com algum desses casos — apesar de ter assegurado que não seria um peão do Presidente.

Há quatro anos, numa situação semelhante, o Partido Republicano fez o oposto. Faltavam nove meses para a eleição quando morreu o juiz conservador Antonin Scalia. Na altura, Presidente Barack Obama procurou nomear um novo juiz, mas os republicanos, que controlavam o Senado, não deixaram o processo avançar — argumentando que se aproximavam eleições e que o novo juiz deveria ser escolhido pelo novo Presidente. O fim da legislatura fez expirar a proposta apresentada por Obama e foi já Trump quem, no início de 2017, nomeou o sucessor de Scalia.

Desta vez, a proximidade (muito maior do que há quatro anos) da eleição não impediu os republicanos de avançarem na mesma com o processo, perante os fortes protestos do Partido Democrata. Recentemente, o candidato democrata, Joe Biden, disse que, se ganhar a eleição, irá convocar uma comissão de âmbito nacional para estudar o sistema judicial, incluindo a possibilidade de aumentar o número de juízes do Supremo Tribunal — a única forma de contornar a maioria conservadora agora reforçada pelos republicanos.

Amy Coney Barrett fez o juramento ainda na segunda-feira, pouco depois da confirmação no Senado, numa discreta cerimónia na Casa Branca. Num discurso após a tomada de posse, a juíza assegurou que vai cumprir a sua função “sem qualquer medo ou favor” — referindo-se diretamente aos receios expressados pelo Partido Democrata de que a nomeação de Barrett fosse uma jogada política. “Amo a Constituição e a república democrática que ela estabelece, e vou dedicar-me a preservá-la.”

Num comunicado no seu site de campanha, o candidato democrata Joe Biden disse que a nomeação foi “apressada e sem precedentes”, acusou Trump de querer acabar definitivamente com a política de saúde implementada por Barack Obama (que “protegeu centenas de milhões de pessoas antes e durante a pandemia”) e apelou ao voto num candidato “que verdadeiramente tem um plano para os cuidados de saúde”. Biden concluiu o comunicado apelando outra vez ao voto em honra “do legado da falecida Ruth Bader Ginsburg”, que foi uma “prova de que a coragem, a convicção e a clareza moral podem mudar não apenas a lei, mas também o mundo”.

2Trump e Biden foram à Pensilvânia

Antes de ter testemunhado na Casa Branca a tomada de posse de Amy Coney Barrett, o Presidente Donald Trump dedicou todo o dia ao estado da Pensilvânia, um dos “swing-states” fundamentais na eleição deste ano (e onde, de acordo com as sondagens, Joe Biden leva uma ligeira vantagem de cinco pontos percentuais). Trump fez três comícios naquele estado e disparou em todas as direções — chegando mesmo a acusar os meios de comunicação de favorecerem Barack Obama por ele ser bonito.

Num estado em que o “fracking” (método de extração de gás natural e petróleo através de injeção de água) tem um peso significativo, a transição energética tem sido um dos principais pontos de disputa, com Trump a dizer que quer proteger os empregos e Biden a admitir que a prática poderá manter-se nos próximos anos, mas numa lógica de transição para energias renováveis.

Para Trump, o plano ambiental de Biden é um projeto destinado a “abolir toda a indústria petrolífera dos EUA”, o que significa “que não há fracking, não há empregos, não há energia para as famílias da Pensilvânia”. Foi assim que Trump descreveu o que aconteceria se Biden fosse Presidente: “Contas da eletricidade a subir, não vai haver ar-condicionado no verão, não vai haver aquecimento no inverno, não vai haver eletricidade nas horas de pico. ‘Vamos ver o Presidente Trump na televisão.’ ‘Desculpa, não podemos. Hoje não há vento, querida.’”

Mais tarde, num vídeo publicado nas redes sociais, voltaria ao tema para apelar ao voto presencial naquelas que considera serem “as eleições mais importantes”. Na gravação, Trump vai mais longe e diz que, se Biden ganhar, “não haverá petróleo, não haverá armas, não haverá Deus”.

“Não haverá petróleo, não haverá armas, não haverá Deus.” Trump apela ao voto presencial nas eleições presidenciais

Os comícios de Trump serviram ainda para o Presidente desvalorizar a pandemia da Covid-19 ao mesmo tempo que atacava Biden. “Ele diz que não faz este tipo de comícios por causa da Covid. Não. Ele não os faz porque ninguém aparece”, disse Trump sobre o seu oponente, antes de afirmar que a infeção não é assim tão grave — basta ter o médico certo. Ou os 12 médicos certos. “Um dia apanham-na. Está tudo bem. Ficam melhores. Acho que temos curas tão boas”, disse Trump. “Estes médicos foram tão bons e tive uma série deles. Eram tantos médicos, sabem, quando se é Presidente… Tive 12 médicos, acreditam nisto?”, acrescentou.

Joe Biden e Donald Trump estiveram na Pensilvânia, mas com estilos de campanha muito diferentes

Getty Images

Perante centenas de apoiantes sem qualquer distanciamento social, muitos sem máscara, Trump lamentou ainda que os habitantes da Pensilvânia não possam ir à igreja e a restaurantes. “Não podem fazer nada, não é?”, perguntou o Presidente aos apoiantes. “Estão a fechar as vossas igrejas, é terrível.” Porém, não é verdade que o estado da Pensilvânia tenha as igrejas e os restaurantes fechados.

A passagem de Trump pela Pensilvânia não acabaria também sem uma crítica (entendida como ameaça) ao governador estadual, o democrata Tom Wolf. Segundo Trump, Wolf não queria que o Presidente ali realizasse eventos de multidões, por se poderem tornar potenciais focos de difusão do vírus, e terá dificultado a disponibilização de um recinto à campanha de Trump. “Vou lembrar-me disso, Tom. Vou lembrar-me. ‘Olá, senhor Presidente, é o governador Wolf, preciso de ajuda, preciso de ajuda.’ Sabem que mais? Estas pessoas são más.”

Quem também foi à Pensilvânia no mesmo dia foi Joe Biden. O candidato democrata tem-se expressado quase exclusivamente através de breves comunicados no seu site de campanha (já publicou um sobre a nomeação da juíza Amy Coney Barrett e outro sobre a ida de Trump à Pensilvânia), mas na segunda-feira fez uma visita surpresa ao estado.

Biden não tinha qualquer evento público na agenda de campanha, mas foi até à cidade de Chester e falou durante alguns minutos com os jornalistas. Questionado pelos repórteres de campanha, o candidato democrata respondeu à acusação de Donald Trump e explicou porque é que tem um calendário tão pouco preenchido: “A razão pela qual parece que não andamos a viajar é que não estamos a organizar [eventos] supertransmissores”.

“Estamos a fazer o que estamos a fazer aqui. Toda a gente está a usar máscara a tentar da melhor forma possível manter o distanciamento social”, explicou Biden. “É importante sermos responsáveis”, acrescentou, lembrando que a campanha terá eventos presenciais nos próximos dias nos estados do Iowa, Wisconsin, Geórgia e Flórida (onde a luta está mais renhida).

“Donald Trump é o pior Presidente possível, a pior pessoa possível para nos tentar guiar durante esta pandemia”, disse Biden, que visitou uma delegação local da sua campanha e se encontrou com os funcionários e voluntários que andam pelas ruas em campanha. “Quero garantir que ganhamos todos os votos possíveis.”

Nas entrelinhas

“Ele segue-me (…). Eu disse-lhe: ‘Sabes que mais? Acabei de testar positivo’. E ele não quis saber. Esteve comigo naquele helicóptero.”
— Donald Trump, durante um comício na Carolina do Norte em 15 de outubro

A frase de Donald Trump tem quase duas semanas, mas ganhou esta terça-feira um novo peso. O Presidente norte-americano referia-se a Mark Meadows, o seu chefe de gabinete, que no domingo protagonizou um dos principais momentos da campanha ao afirmar, na CNN, que os Estados Unidos não vão conseguir controlar a pandemia de Covid-19. “Não vamos controlar a pandemia, vamos controlar o facto de conseguirmos vacinas, terapias e outras formas de mitigá-la”, disse Meadows.

A declaração — uma contradição do discurso habitual de Trump (“estamos a achatar a curva”) — caiu que nem uma bomba na campanha. Joe Biden aproveitou de imediato para avisar que aquilo não tinha sido um “deslize” do chefe de gabinete, mas um “reconhecimento sincero de qual tem sido, claramente, a estratégia do Presidente Trump desde o início desta crise”.

Nesta segunda-feira, uma reportagem publicada pelo The Washington Post ajudou a ler melhor a frase dita há duas semanas por Trump. De acordo com vários funcionários da Casa Branca, que falaram àquele jornal sob condição de anonimato, Mark Meadows tem sido um chefe de gabinete pouco eficaz. Mais do que um chefe de gabinete, Meadows é, de facto, um assessor que segue Trump para todo o lado e executa os desejos do Presidente, diz o artigo. É um “implementador”, disse mesmo um funcionário da Casa Branca àquele jornal.

Esta ineficácia nas funções ajuda a explicar, por exemplo, o embaraço institucional que protagonizou no início do mês, quando Trump se encontrava hospitalizado. Depois de os médicos terem recusado responder a perguntas mais concretas sobre o estado de saúde do Presidente, informações mais pessimistas saíram na imprensa norte-americana atribuídas a um elemento da Casa Branca não identificado. Uma câmara que ficou a gravar deixou evidente quem era esse elemento: o próprio Mark Meadows, o único que tinha viajado com Trump para o hospital.

De acordo com funcionários da Casa Branca ouvidos pelo The Washington Post, Mark Meadows falhou repetidas vezes na sua função. Depois de Trump ter sido transferido para o hospital, Meadows ficou sempre com o Presidente e, durante vários dias, não comunicou com os funcionários do gabinete presidencial — que queriam saber se deviam isolar-se, trabalhar a partir de casa ou adotar algum tipo de medidas de precaução.

Além disso, Meadows já teria conhecimento do resultado positivo do teste feito a Hope Hicks, a assessora que inicialmente se pensou ter infetado o Presidente, pelo menos oito horas antes de a informação ser publicamente divulgada — e não tinha intenção de a divulgar a não ser que Trump fosse infetado, mesmo o Presidente sendo um contacto próximo de Hicks e tendo viajado para uma angariação de fundos na Nova Jérsia, que decorreu com dezenas de convidados num espaço interior.

Segundo o jornal, Meadows está praticamente sempre com Trump e é mais um conselheiro político do que um chefe de gabinete da Casa Branca. Viaja com o Presidente, faz parte do círculo restrito de Trump e deixa frequentemente para trás as funções oficiais do chefe de gabinete. Ainda de acordo com os relatos do jornal, o mais evidente tem sido a presença de Meadows — chefe de gabinete e, portanto, funcionário da Casa Branca — nas ações de campanha de Trump e a sua aprovação das muito frequentes viagens do Presidente em campanha eleitoral (Trump tem feito vários comícios por dia em diversas cidades por todo o país).

Percebe-se, assim, melhor que Trump tenha descrito o seu chefe de gabinete com a expressão “ele segue-me”.

Fact-check

A frase

A recomendação dela é: mandem abaixo o Monumento Washington, fechem o Monumento Lincoln.

Donald Trump

Num comício recente, o Presidente Donald Trump lançou um ataque à presidente da câmara de Washington, DC, Muriel Bowser, acusando-a de querer remover alguns dos monumentos mais importantes da capital americana. “Temos uma presidente de câmara em DC que formou uma comissão com recomendações. A recomendação dela é: mandem abaixo o Monumento Washington, fechem o Monumento Lincoln. Não, não. A sério. Eu disse: ‘Não, obrigado. Não, obrigado. Não, obrigado, senhora presidente. Vamos manter o Monumento Washington tal como ele está’. Esta gente é doida”, disse Trump.

De acordo com o Politifact (membro da International Fact-Checking Network, IFCN, uma plataforma de fact checkers de que o Observador também faz parte), a frase de Trump não corresponde à verdade.

É um facto que a presidente da câmara de Washington criou um grupo de trabalho destinado a estudar o património da capital americana — na sequência da morte de George Floyd e do movimento anti-racismo que ganhou força naquele momento.

No final, o grupo apresentou um relatório com uma série de propostas para mudar os nomes a várias ruas, parques e outros espaços por terem designações relacionadas com a escravatura, o racismo e outras formas de injustiça. No relatório, eram mencionados oito monumentos federais — incluindo o Monumento Washington, mas não o Monumento Lincoln —, que o grupo sugeria que fossem “removidos, mudados de lugar ou contextualizados”. Porém, a presidente da câmara nunca deu seguimento à possibilidade de, efetivamente, remover o Monumento Washington — até porque este se encontra em terreno federal, não estando sob a jurisdição da câmara da cidade.

Conclusão: enganador. Apesar de existir um relatório sobre o assunto, ele não se foca particularmente nos monumentos federais e não estabelece como recomendação a necessidade de retirar ou demolir aqueles monumentos. A declaração de Trump precisaria de contexto para ser entendida.

A frase

Joe Biden vai acabar com o fracking.

Campanha de Donald Trump

A campanha de Donald Trump lançou recentemente um anúncio, destinado a ser exibido na Pensilvânia, em que acusa o oponente de querer acabar com o fracking, atividade económica central naquele estado. No anúncio, é mostrado um testemunho de uma trabalhadora da indústria petrolífera que lamenta que a eleição de Biden vá representar o fim do seu emprego. Vários excertos, muito editados, de intervenções de Biden mostram-no a dizer expressões como “não ao novo fracking”. No ecrã surge a afirmação clara: “Joe Biden vai acabar com o fracking”.

Na verdade, o candidato democrata não pretende acabar de vez com aquela prática. O que Biden diz no seu programa eleitoral é que quer banir a emissão de novas licenças para exploração de gás e petróleo em terrenos federais (ou seja, apenas nos terrenos cujo dono é o estado federal, e não nos terrenos estaduais ou privados onde hoje é feito esse processo). Na Pensilvânia, só 2,1% do território é detido pelo governo federal, um número pouco significativo quando comparado com os estados da região oeste do país, onde o governo federal detém mais de 50% do território.

O democrata pretende que os EUA se tornem neutros em termos de emissões de dióxido de carbono na próxima década, o que significa reduzir as fontes não-renováveis de energia e compensá-las com energias renováveis. É à luz desse plano que deve ser interpretada a posição de Biden sobre a não emissão de novas licenças de exploração. As explorações que hoje existem não serão afetadas.

Conclusão: errado. Não é verdade que Joe Biden vá acabar com o fracking quando for eleito, destruindo milhares de empregos em estados como a Pensilvânia. É verdade que o plano do democrata inclui a transição energética e, com isso, a não emissão de novas licenças para exploração em território federal — o que não afeta as explorações hoje existentes.

A foto

Amy Coney Barrett Is Sworn-In As New Supreme Court Justice At The White House

A confirmação de Amy Coney Barrett para o Supremo, primeira vitória de Trump, foi celebrada com pompa e circunstância na Casa Branca

Getty Images

A opinião

No The Wall Street Journal, William McGurn, antigo redator de discursos de George W. Bush, critica a imprensa norte-americana, acusando-a de ser enviesada e de favorecer Joe Biden. Para McGurn, quatro anos de cobertura parcial não chegaram para causar danos a Trump — e, portanto, a nova regra é não fazer perguntas difíceis ao democrata. O colunista escreve mesmo que “as conferências de imprensa de Biden tornaram-se, em alguns momentos, um concurso entre os repórteres e o candidato para ver quem odeia mais Trump”:

It turned out that biased press coverage wasn’t enough to keep Mr. Trump from winning. So for 2020 the press introduced a new corollary: Joe Biden must never be asked a tough question.

In the past the media’s competitive juices, plus a presidential candidate’s interactions with the American people along the campaign trail, would have rendered this impossible. But Covid-19 gave Mr. Biden the excuse to stay in his basement, and the press corps has run interference for Mr. Biden rather than tackle the story.

No The New York Times, o painel editorial do jornal, escreve sobre a nomeação de Amy Coney Barrett e acusa o Partido Republicano de querer moldar o Supremo Tribunal à sua imagem. No editorial, o jornal diz que o processo foi “hipócrita”, por contrastar de forma tão evidente com o que aconteceu há quatro anos, e afirma que não está a elaborar nenhuma teoria da conspiração: os próprios republicanos gabam-se de ter conseguido nomear Amy Coney Barrett, de 48 anos, para um cargo vitalício, impedindo os democratas de “fazer alguma coisa quanto a isso durante muito tempo”.

What happened in the Senate chamber on Monday evening was, on its face, the playing out of a normal, well-established process of the American constitutional order: the confirmation of a president’s nominee to the Supreme Court.

But Senate Republicans, who represent a minority of the American people, are straining the legitimacy of the court by installing a deeply conservative jurist, Amy Coney Barrett, to a lifetime seat just days before an election that polls suggest could deal their party a major defeat.

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