790kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Ilustração de Elon Musk e o Twitter
i

Elon Musk disse na terça-feira que compra do Twitter ainda está em cima da mesa.

SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Elon Musk disse na terça-feira que compra do Twitter ainda está em cima da mesa.

SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Mudança de ideias, tentativas de baixar o preço ou investidores a roer a corda. Musk quer novamente o Twitter, mas compra gera incerteza

Musk mudou de ideias e voltou a querer comprar o Twitter – que também continua a querer ser comprado. Mas a aquisição ainda gera dúvidas. Vai ou não o negócio avançar? E como fica o julgamento?

    Índice

    Índice

Elon Musk decidiu fazer inversão de marcha e regressar ao plano inicial: comprar o Twitter pelo valor redondo de 44 mil milhões de dólares.

As reviravoltas dos últimos meses, principalmente o anúncio, em julho, de que o homem mais rico do mundo queria desistir do negócio, alegando que não recebeu do Twitter a informação necessária para avançar com a aquisição, abriram o caminho a uma batalha judicial, marcada para o tribunal de Delaware em que o ponto de discussão é apenas um: fazer com que Musk cumpra com o acordo e concretize a compra.

Mas esta terça-feira, Musk surpreendeu o mercado ao ressuscitar a proposta que fez ao Twitter pela primeira vez em abril, incluindo o valor: exatamente os mesmos 54,2 dólares por ação, perfazendo o total de 44 mil milhões de dólares. Tudo terá sido feito através de uma carta, enviada pelos advogados de Musk à companhia. O homem mais rico do mundo e os seus parceiros “tencionam proceder com a conclusão da transação contemplada a 25 de abril de 2022, o acordo de fusão, nos termos e sujeito às condições definidas”, citava a Bloomberg.

A questão que continua no ar é se será mesmo desta vez que o patrão da Tesla e da SpaceX vai passar de polémico utilizador da rede social a dono. Do lado do Twitter, chegou no próprio dia a confirmação de que está disponível para aceitar a proposta de Musk – algo que não é surpreendente, dado que está de acordo com a premissa que levou a rede social a avançar para a justiça. “O Twitter pretende aceitar a oferta, mas está a aguardar a confirmação de que a juíza pode supervisionar o processo”, foi a comunicação feita pela empresa na terça-feira. O facto de mencionar a supervisão da juíza mostra que o Twitter está focado em garantir que, desta vez, o dono da Tesla não volte a mudar de ideias.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Twitter pretende aceitar proposta de Elon Musk para comprar rede social por 44 mil milhões de dólares

Ao contrário de outras aquisições, que costumam ser feitas de forma mais discreta, todo este processo com o Twitter tem acontecido de forma bastante pública, muito devido à figura de Elon Musk e ao caso ter acabado em tribunal. As acusações de parte a parte têm feito correr tinta – por isso, a carta de Musk não “apagou” toda a desconfiança. Uma fonte próxima das negociações disse ao Washington Post que os responsáveis da rede social terão questionado se esta missiva com a nova proposta de Musk, igual à inicial, não poderá representar (apenas) uma manobra legal.

Do lado dos investidores do Twitter, a questão também não terá sido assim tão linear. De acordo com a CNBC, a ação coletiva que representa os acionistas da rede social contra Elon Musk pediu à juíza McCormick, que tem em mãos o processo Twitter vs Musk, para obrigar o homem mais rico do mundo a fazer “um depósito substancial” que acautele um cenário de uma nova mudança de ideias sobre a compra. De qualquer forma, de acordo com os termos iniciais do negócio, Musk sempre teve ao alcance a cláusula de pagar mil milhões de dólares ao Twitter na eventualidade de desistir – a questão é que, nos últimos meses, ficou claro que não estava disposto a pagar.

As ações do Twitter reagiram em forte alta às notícias que deram conta de que a compra voltou a estar em cima da mesa – tanto que a negociação chegou a ser suspensa. A partir do momento em que a Bloomberg divulgou a carta com a intenção de Musk, os títulos da rede social dispararam 12,7%, alcançando os 47,93 dólares. A meio do dia, a negociação foi suspensa. Quando foi retomada, as ações do Twitter continuaram em forte alta, terminando o dia a subir 22,28% até aos 50,02 dólares – cerca de quatro dólares abaixo do preço oferecido por Musk. Desde terça-feira que os títulos do Twitter têm estado acima do patamar dos 50 dólares por ação, próximos da oferta de Musk.

Ainda assim, até este ponto do ano, o Twitter não conseguiu fechar nenhuma sessão acima do valor oferecido por Elon Musk, de 54,2 dólares.

Ações Twitter - 4 a 6 de outubro 2022

A evolução das ações do Twitter ao longo dos últimos cinco dias. A subida arranca a 4 de outubro, quando Musk anunciou que afinal queria comprar o Twitter.

O que terá levado Musk a mudar de ideias?

Não é fácil acompanhar os desejos e planos de Elon Musk. No entanto, neste caso, os analistas apontam que o regresso à ideia de comprar o Twitter por 44 mil milhões terá sido a forma de evitar uma batalha legal que poderia deixá-lo mais exposto. Musk “percebeu que as opções eram limitadas, tinha de pagar cinco a dez mil milhões só para sair disto com um acordo”, disse o diretor e analista sénior Dan Ives, da Wedbush Securities, ao podcast “Wake Up to Money”, da BBC. “Os sinais estavam todos lá, tinha de aceitar e avançar com o negócio”

Ainda assim, Ives notou que o montante da aquisição está acima do valor real que Musk poderá alcançar. “Por 44 mil milhões de dólares, está a comprar algo que vale provavelmente 25 a 30 mil milhões. Continua a ser uma das aquisições mais sobrevalorizadas da história da tecnologia”, partilhou o analista no mesmo podcast.

“Certo é que, com o mercado de anúncios em queda, o gradual desânimo dos funcionários e as acusações de segurança fragilizada, o Twitter está em pior situação do que estava em abril."
Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa.

Já Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, traz outro tema à discussão: as ações da Tesla. “A mudança de ideias de Musk pode estar relacionada com a pressão por parte dos acionistas da Tesla e também para tentar evitar um arrastar do processo nos tribunais”, explica ao Observador. “É certo que Musk está preocupado com a sua reputação diante de Silicon Valley e de Wall Street.” Ainda assim, este economista não descarta a hipótese de poder “existir também alguma notícia negativa que não sabemos, tendo em conta que o Twitter tem estado muito confiante no julgamento de Delaware.”

Elon Musk desiste da compra do Twitter. Rede social “não obedeceu às suas obrigações contratuais”

A confirmar-se esta vontade de Musk concluir a aquisição do Twitter, o dono da Tesla vai estar a comprar uma empresa que está agora numa situação mais frágil. “Com o mercado de anúncios em queda, o gradual desânimo dos funcionários e as acusações de segurança fragilizada, o Twitter está em pior situação do que estava em abril”, diz Paulo Rosa.

“O desfecho deste episódio deverá ser encarado como algo francamente positivo, em linha com a reação do mercado após a assim que as notícias vieram a público”, nota por sua vez Henrique Tomé, analista da XTB. “A rede social Twitter tem tido dificuldades em acompanhar o crescimento dos seus concorrentes, porém com a entrada de Musk à frente da empresa, as expectativas do mercado aumentaram substancialmente.”

Ainda que a batalha legal só estivesse agendada para 17 de outubro, de julho até aqui foi vindo a público informação sobre os argumentos do Twitter de Musk. Rapidamente surgiram considerações por parte de especialistas de que a rede social poderia ter um caso mais sólido do que Musk, cuja argumentação dependia mais da cartada de falta de informação sobre bots e contas de spam. Além disso, o facto de terem sido conhecidas algumas mensagens de Musk, incluindo uma sobre a “Terceira Guerra Mundial”, também terá pesado. No início de setembro, os representantes do Twitter acusaram Elon Musk de estar a utilizar o tema dos “bots” como uma desculpa para tentar escapar da compra. William Savitt, advogado do Twitter, leu numa das audiências uma dessas mensagens, datada de maio, que terá sido enviada ao banqueiro ligado ao processo de compra. “Não faz sentido comprar o Twitter quando estamos a caminhar para a terceira Guerra Mundial”, diria Musk na mensagem.

Juíza recusa pedido para adiar julgamento. Musk terá decidido não comprar Twitter devido “à terceira Guerra Mundial”

Alguns parceiros de Musk terão mudado de ideias sobre financiamento

Elon Musk tem o título de homem mais rico do mundo, de acordo com o índice de multimilionários da Tesla, com uma fortuna estimada de 222 mil milhões de dólares. Feitas as contas, o total que está outra vez disposto a dar pelo Twitter representa cerca de 20% da sua fortuna.

A questão é que o dono da Tesla e da SpaceX não tem estes 222 mil milhões “no bolso”, prontos para serem usados. As contas feitas pela Bloomberg referem que, em “cash”, Musk tem cerca de 17,8 mil milhões, uma fatia diminuta quando se compara ao valor das ações da Tesla. O magnata sul-africano tem uma participação de cerca de 15% na fabricante de automóveis elétricos, que representa a fatia de leão da fortuna de Musk, que ascende a 95,9 mil milhões de dólares. Em comparação, a participação de cerca de 9% que adquiriu no Twitter, vale 3,75 mil milhões.

As ações da Tesla deverão ser o principal motor de financiamento desta compra do Twitter, sendo expectável que Musk venda títulos para conseguir juntar algum dinheiro. Mas Musk também procurou outros parceiros. Ao longo dos meses sucederam-se notícias sobre as entidades envolvidas nas negociações. Esta quarta-feira, depois do regresso da oferta de Musk, a Reuters avançou que o dono da Tesla terá perdido o apoio de dois desses parceiros – a gestora de ativos Apollo Global Management e a Sixth Street Partners.

Citando duas fontes com conhecimento do assunto, a Reuters noticiou que estas duas entidades já não estão em conversações para ajudar Musk a financiar a compra do Twitter. A Apollo e a Sixth Street estariam entre os parceiros que estavam dispostos a financiar mil milhões de dólares da operação. A Reuters nota que, só através de financiamento de investidores e grandes bancos, é expectável que Musk consiga juntar 12,5 mil milhões dos 44 mil milhões de dólares.

“Com as dificuldades de financiamento a aumentarem, Elon Musk terá de recorrer mais a capitais próprios e pode precisar de vender mais ações da Tesla para financiar a sua aquisição”, explica Paulo Rosa, do Banco Carregosa. Só este ano, Musk já vendeu ações do  Twitter no valor de 15 mil milhões de dólares para financiar o negócio.

A pedra no sapato é que, à boleia da incerteza sobre a compra do Twitter e do contexto económico atual, também as ações da Tesla têm estado a desvalorizar – nos últimos seis meses, cederam já cerca de 31%. Paulo Rosa nota que “a queda da cotação das ações da Tesla corroboram” o cenário de incerteza, mas refere que também “é difícil saber se Musk venderia mais ações antes dos resultados trimestrais da empresa”, que estão marcados para 19 de outubro.

Alguns analistas reconhecem que a vontade de Musk comprar o Twitter tem castigado as ações da Tesla. “Isto tem sido um desastre para as ações da Tesla. E Musk tem de vender ações da Tesla para conseguir comprar o Twitter”, disse Dan Ives, analista da Wedbush, no podcast “Wake Up Money” da BBC. “É quase como dar caviar para receber uma fatia de pizza de dois dólares. E é uma enorme frustração para os acionistas da Tesla desse ponto de vista.”

Este analista nota que Musk continua a ser “o ADN principal da Tesla” e que possíveis distrações, como acontece com todo este processo de aquisição do Twitter, gera compreensivelmente apreensão, “com receio de que perca foco na Tesla numa altura tão crucial.” “Acho que os investidores querem só que este pesadelo saído da twilight zone acabe”, rematou nas declarações à BBC.

Quase três meses depois de desistir da compra, o preço oferecido por ação do Twitter é o mesmo de abril – mas isso não quer dizer que Musk não tenha tentado negociar um preço mais baixo do que os 54,2 dólares. De acordo com o jornal New York Times e o Wall Street Journal, ao longo das últimas semanas os representantes de Elon Musk e do Twitter tiveram várias reuniões. Terá sido durante essas ocasiões que os representantes do dono da Tesla tentaram negociar um preço mais baixo.

Numa fase inicial, a equipa de Musk terá tentado negociar um desconto de até 30%, segundo a imprensa norte-americana, o que deixaria a compra a um preço mais acessível, na ordem dos 31 mil milhões. Perante a resistência da rede social, o desconto terá sido reduzido, até chegar aos 10%, o que, ainda assim, avaliaria o negócio em 39,6 mil milhões, já muito próximo do valor do Twitter em bolsa, que esta quinta-feira era de 39,26 mil milhões. Como aponta a manutenção dos 54,2 dólares por ação, as negociações não terão chegado a bom porto.

O julgamento mantém-se, diz juíza – por enquanto

A partir do momento em que o homem mais rico do mundo anunciou que já não queria comprar o Twitter, alegando que a rede social não terá partilhado toda a informação sobre a operação, a empresa decidiu avançar para a justiça. Mas, com o anúncio desta semana, continua a haver julgamento?

A juíza Kathaleen McCormick, que tem em mãos este processo, acredita que sim. Pelo menos por agora, já que nenhuma das partes envolvidas terá manifestado formalmente a intenção de desistir do julgamento. “As partes não entraram com informação para suspender esta ação, nem nenhuma das partes pediu uma suspensão”, escreveu a juíza McCormick. “Eu, portanto, continuo a avançar em direção ao nosso julgamento marcado para começar a 17 de outubro de 2022.”

O texto desta carta, que é citada pelo TechCrunch, salienta que o Twitter continua a ter interesse neste julgamento, já que não terá conseguido obter todas as mensagens relevantes de Elon Musk. A carta refere que a rede social levantou preocupações sobre “uma alegadamente deficiente produção de mensagens de texto e outras mensagens instantâneas para e de Elon Musk”. Ou seja, a empresa quer ver mais mensagens relevantes de Elon Musk de 1 de janeiro a 8 de julho.

A empresa estará particularmente interessada nas mensagens de texto do período entre 24 a 30 de maio e os dias 1 a 7 de junho. “Esses períodos foram muito importantes para a disputa das partes (…)”, nota a carta da juíza.

Independentemente das ainda possíveis reviravoltas neste julgamento, há pelo menos uma certeza: as despesas legais dos últimos meses em que Musk tentou encontrar forma de desistir da compra da rede social vão sair caras. Os especialistas norte-americanos ouvidos pela Business Insider estimam que Musk poderá enfrentar custos na ordem dos milhões de dólares. Robert Miller, advogado, professor de direito e um especialista em fusões e aquisições no tribunal de Delaware, estima que só Elon Musk poderá pagar um montante na ordem de 100 milhões de dólares. “Provavelmente o mesmo do lado do Twitter”, contou à Business Insider.

Muito do montante presente nesta estimativa está ligado aos honorários de advogados. Em conjunto, as equipas de Musk e do Twitter têm mais de 70 advogados, de acordo com os números divulgados pela Bloomberg, muitos deles das sociedades de advogados mais prestigiadas e caras dos Estados Unidos. Por isso, John Coffee, professor de direito da Universidade de Columbia, partilhou com a Bloomberg que a fatura total de despesas legais pode ser até bem mais elevada do que os números da Business Insider. “Com todos os advogados neste caso e o potencial para outros litígios que resultem daqui, como processos vindos de acionistas, vejo os custos legais totais a atingir os mil milhões de dólares.”

O que é o suposto plano “X” de Elon Musk?

A partir do momento em que Musk anunciou que estava disposto a comprar o Twitter, explicou que tinha planos para retirar a empresa de bolsa e transformá-la. A pergunta é em quê? “O Twitter precisa de ser transformado por uma empresa privada”, disse Musk, numa missiva disponibilizada junto do regulador norte-americano SEC, em abril.

“Investi no Twitter porque acredito no seu potencial para ser uma plataforma de discurso livre em todo o mundo e acredito que a liberdade de expressão é um imperativo social para uma democracia funcional. No entanto, desde que fiz o meu investimento apercebi-me de que a companhia não irá nem prosperar nem servir este imperativo social na sua atual forma”, contextualizou na altura Musk.

Em diversas ocasiões, ainda antes de desistir do negócio, Musk foi inquirido sobre que planos tinha para o Twitter e, principalmente, sobre o que pretende fazer na área da moderação de conteúdos. Assumindo-se como um defensor do discurso livre, deixou aqui e ali pistas sobre como a sua versão do Twitter poderia ter menos regras na área da moderação de conteúdos.

Já esta semana, depois do anúncio de que mudou de ideias, escreveu no Twitter que a compra da empresa “é um acelerador para criar a ‘X’, a aplicação que tem tudo”. Paulo Rosa nota que, “Musk parece otimista novamente”, também devido à “misteriosa super aplicação ‘X’, a aplicação de tudo”.

A questão é que, quando foi questionado sobre o que é esta aplicação, Musk não deu mais informação. Ainda assim, pela lógica da “super aplicação”, o dono da Tesla poderá querer criar uma espécie de clone do WeChat, a app chinesa que concentra serviços de mensagens, redes sociais, pagamentos e ainda entrega de refeições.

Mensagens revelam que fundador discutiu futuro do Twitter com Musk ainda antes do anúncio de compra

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora