Era o braço direito de André Ventura, o militante número dois do Chega e foi quase tudo no partido. Até que começou a ser afastado paulatinamente até à cisão final. Visto como o grande adversário interno de Ventura, decidiu não ir à Convenção que arranca esta sexta-feira. Agora, dá o passo final: vai desfiliar-se do partido. “Todos temos as nossas linhas vermelhas. Eu tenho as minhas quando falamos em limitar a liberdade e a democracia”, justifica.
Em entrevista ao Observador, no programa “Vichyssoise”, Nuno Afonso, vereador em Sintra, lamenta as agressões entre deputados do Chega, as ofensas aos outros partidos, o facto de André Ventura viver às custas do partido, de ter esquecido muito do que defendia e a perseguição aos críticos. “Não vou deixar de lutar pela democracia e pela liberdade. Mas o partido está completamente controlado pelo André Ventura”, sublinha.
Sem poupar críticas a André Ventura, Nuno Afonso diz ter percebido, talvez demasiado tarde, que o líder do Chega é “populista” e “autoritária”. O desfecho, insiste, está traçado há muito. “Acho que André Ventura é oposição mas nunca será uma alternativa”, remata.
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