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Os Ensaios do Observador juntam artigos de análise sobre as áreas mais importantes da sociedade portuguesa. O objetivo é debater — com factos e com números e sem complexos — qual a melhor forma de resolver alguns dos problemas que ameaçam o nosso desenvolvimento.

Há semanas que se discute algo que deveria estar decidido há meses: devem, ou não, os hospitais do sector privado e do sector social fazer parte da resposta conjunta do sistema de saúde à pandemia? Mais concretamente, deverá o sector privado e social ajudar logo à partida a ampliar o número de camas e de tratamentos para doentes Covid-19? Ou deverá contribuir na prestação das outras actividades clínicas, evitando assim que se suspendam tantas cirurgias, consultas de especialidade e rastreios oncológicos, como ocorreu no início da pandemia? Ou, por outra, deverá manter-se à margem, assegurando-se assim a natureza pública do SNS?

Preocupado com o risco para a saúde da população que o adiamento da actividade clínica representa, o bastonário e ex-bastonários da Ordem dos Médicos escreveram uma missiva à Ministra da Saúde, Marta Temido, rogando por uma solução que atenda, em primeira e ulterior instância, às necessidades imediatas dos pacientes. E essas necessidades não são compagináveis com querelas ideológicas travadas amiúde no Parlamento, e que procuram determinar, pela enésima e interminável vez, se o sector privado e social pode, ou não, prestar cuidados de saúde no contexto de serviço público. Política à parte, o sector privado e social não só pode como deve fazer parte da solução para mitigar o impacto da pandemia — ou pelo menos é esse o entendimento que a Ordem dos Médicos faz.

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